Policial de Caxias do Sul se destaca como poeta e realiza shows pelo RS

O dia a dia de um profissional envolve desafios além das tarefas a serem cumpridas. Alguns, necessitam de anos de dedicação. Outros, possuem habilidades inimagináveis. Ainda, há aquelas situações complicadas que o trabalhador passa. Para amenizar algumas dessas situações, o policial Marcelo Pessoa, que prefere ser chamado de Pessoa, traduz sentimentos em poemas, através de vivências e experiências de sua profissão.

Pessoa atua como policial militar em Caxias do Sul. Seu dia a dia inclui desafios e, muitas vezes, passa por momentos não muito bons. Para amenizar os dias que são tão complicados, Pessoa escreve poemas em forma de sonetos e faz a alegria das pessoas em suas redes sociais, trazendo sentimentos e vivências às suas obras. Ele conta como iniciou sua caminhada como escritor. “Eu escrevo, há mais ou menos, cinco anos, corriqueiramente. Tive a ideia da primeira obra há uns dois anos. Faz um mês que terminei um livro, e, já iniciei outro. Escrevo sempre sobre amor, dor, paternidade, maternidade, e sempre tentando levar amor para as pessoas, que hoje em dia é o que o mundo precisa, e a gente vê pouco. Pouca compaixão, pouca harmonia, e por meio da minha obra, eu tento levar isso ao público”.

Para divulgar melhor o seu trabalho, Pessoa criou uma conta no Instagram, rede social muito usada por todos os públicos. “Comecei a divulgar o meu trabalho ali, as pessoas começaram a pedir mais, os amigos também. O pessoal que lê, que gosta e acompanha o meu trabalho. E, chegou um ponto que as pessoas começaram a me perguntar: porquê tu não faz show também? E aí, comecei a fazer, gravar vídeos”. Pessoa também destacou que em setembro lançará uma obra, intitulada As 200 Poesias de Pessoa.

Sua inspiração para escrever os diversos poemas vem de vivências, experiências de outras pessoas e muita vontade de traduzir na escrita aquilo que a voz, muitas vezes, não consegue explicar. “Sempre fui um leitor muito adepto, desde os seis anos, sempre gostei da leitura. Porém, nunca tinha me colocado na posição de escritor, que foi o que nos últimos tempos acabei fazendo. Pra mim, hoje é maravilhoso. Minha vida hoje é escrever. Às vezes as pessoas me mandam os sentimentos delas, “ah, hoje eu estou triste, hoje eu estou pensando em amor, hoje eu estou feliz”, e por meio dessas situações, eu traduzo elas em poemas. Outras situações que eu acabo por escrever são coisas que eu vejo, tipo um amigo meu que eu não via há muitos anos, estudamos juntos, vi ele como policial militar, porém, nas situações da vida, vi ele catando o que comer no lixo. Eu fiz uma poesia sobre, foi algo que mexeu muito comigo. Chamei ele, veio até mim, abracei ele, falei que ele podia mudar de vida. E quando sai dali, eu já dissertei sobre ele”.