A Polícia Civil segue com as investigações da Operação Barões do Crime e descobriu novos galpões ilegais de desmanche na capital, quando entre quinta e sexta feira da semana passada a ofensiva encontrou o atual e maior depósito da quadrilha, no bairro Floresta, em Porto Alegre.
Neste local foram encontrados 25 toneladas de peças de carros de luxo e a polícia precisou de 10 caminhões para fazer a retirada de todo o material. No bairro Sarandi, outro pavilhão foi encontrado contendo forte sistema de monitoramento e vigilância. Era deste local que as peças eram enviadas para todo o Brasil.
Foram encontrados pela polícia os “jammers”, que são bloqueadores de sinal e servem para embaralhar aparelhos GPS e rastreadores. Também foi apreendido pela polícia um aparelho conhecido como “raquete” por ter aparência como o material usado para jogar tênis e que serve para localizar rastreadores.
Segundo o Delegado Adriano Nonnenmacher, da Delegacia de Roubo de Veículos, a organização criminosa era completa e tinha divisão de tarefas. Havia os líderes, os operadores financeiros, células com funções específicas e os assaltantes. Havia a equipe do desmanche e os gerentes para fazer a movimentação desses kits de peças para que fossem vendidos e entregues para 15 estados.
Ao todo no RS, foram fechados nove galpões ilegais, R$ 11 milhões em bens bloqueados, 50 veículos apreendidos e 33 pessoas presas.
Além disso a quadrilha é apontada como a proprietária de ferros-velhos ilegais. A quadrilha migrou para a internet e passou a ter compradores em todo o Brasil. Nomes de fachada como Império Autopeças e Dubai Import eram utilizados. Sites de venda também foram utilizados, dando assim uma espécie de segurança para os compradores. Segundo a polícia cerca de R$ 500 mil reais mensais eram movimentados pelo esquema somente na internet.