A consultoria URBTEC, contratada para o desenvolvimento do Plano Diretor de Transportes e Mobilidade Urbana de Caxias do Sul, detalhou mais informações sobre o andamento do projeto e o pré-diagnóstico, com base nos dados e pesquisas realizadas na cidade. Agora, o projeto passa por mais análises aprofundadas para dar continuidade nas próximas etapas.
O diretor da URBTEC, Gustavo Taniguchi, detaca mais informações quanto ao projeto de mobilidade urbana, um assunto bastante discutido nos últimos anos. Ele aponta como são realizados os processos até chegar no momento do parecer final.
“Neste plano estudamos os vários modais de transporte de Caxias. Sejam deslocamentos a pé, por bicicleta, os automóveis, o transporte coletivo, a questão da logística na cidade. Então para podermos entender a cidade, tivemos que realizar uma série de pesquisas nesses modais de deslocamento, de mobilidade. Foram feitas pesquisas de origem, destino e domiciliares, para entendermos da população de Caxias do Sul de onde e para onde elas vão, qual a frequência que as pessoas efetuam esse deslocamento e como elas fazem. Porque elas optam por um modal ou outro. Foram realizadas cerca de 2 mil entrevistas, e agora estamos complementando essa pesquisa, finalizamos com mais mil entrevistas, para entender origens e destinos”.
Outro tipo de pesquisa realizada pela consultoria é contagem volumétrica de tráfego, para obter levantamento do trânsito e os volumes de tráfego na cidade, como explica Taniguchi. “Foram mais de 80 pontos e cruzamentos na cidade pesquisados, onde contamos quantos veículos passam nos horários de pico e classificamos esses veículos, entre automóveis, motocicletas, ônibus ou caminhões. Foram realizadas, também, pesquisas de logística. Visamos entender os acessos na cidade, quais são os movimentos de carga que estão passando pela cidade, se tem origem ou destino na cidade, para justamente perceber se é possível ter uma rota alternativa”.
No início do mês de fevereiro, câmeras de monitoramento foram instaladas no trecho da Rua Sinimbu, locados pela empresa URBTEC. Os equipamentos fazem parte das ações realizadas pela Consultoria, para o desenvolvimento do plano de mobilidade urbana. O equipamento faz registros mais acurados sobre o levantamento de tráfego viário, e não identifica os veículos individualmente, tampouco está programada para executar registros de infração.
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A acessibilidade também foi um ponto pesquisado pela consultoria, no que diz respeito às condições de calçadas, possíveis rotas de deslocamento a pé e rotas de passeio. No transporte coletivo urbano o estudo se baseou nos destinos e trajetos, a qualidade do serviço, além de todos os levantamentos no aeroporto e rodoviária, tornando uma tarefa de grande escala.
Como assunto de mais urgência, Gustavo salienta que o pedestre é o principal foco do estudo. “Quando a gente pensa em mobilidade temos uma pirâmide invertida do planejamento. Quem devemos olhar em primeiro lugar? As pessoas! O pedestre é o foco principal de qualquer estudo sério de mobilidade urbana. Se tiver o uso e ocupação do solo na cidade, se eu morar perto do meu trabalho, do meu estudo, eu vou me deslocar a pé. Esse é o foco da mobilidade quando está se planejando, seguindo a questão cicloviária, são os modos ativos como chamamos”.
O diretor ainda conta com apoio da comunidade para participar das reuniões públicas, com foco a partir de março com as oficinas comunitárias que serão brevemente ampliadas ao público.
O pré-diagnóstico também foi apresentado em reunião para servidores de cargos técnicos de toda a Administração Municipal de Caxias do Sul.
