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PF prende PM e mais três suspeitos de organizar atos que contestam resultado das eleições em Rondônia

Segundo o Ministério Público, grupo teria formado uma associação criminosa para constranger e coagir a população a aderir ao movimento

Foto: IGOR DO VALE/ESTADÃO CONTEÚDO
Foto: IGOR DO VALE/ESTADÃO CONTEÚDO

Neste sábado, 17, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de Rondônia realizaram uma investigação contra um grupo acusado de associação criminosa, constrangimento ilegal e coação durante as manifestações que contestam as eleições presidenciais de 2022. Quatro pessoas foram presas, incluindo um policial militar da reserva, em Colorado do Oeste, município do Estado de Rondônia. Segundo apurou o site da Jovem Pan, os detidos foram levados para a delegacia da Polícia Federal em Ji-Paraná. Eles serão ouvidos e encaminhados para as unidades prisionais correspondentes, onde permanecerão à disposição da Justiça. Se condenados, eles podem cumprir até 16 anos de prisão.

Segundo informações do Ministério Público, o grupo composto por empresários e produtores rurais seriam os líderes da manifestação realizada na comarca por grupo de pessoas inconformadas com o resultado da eleição nacional e teriam constrangido e coagido ilegalmente diversos comerciantes, caminhoneiros e autônomos. Além disso, a associação teria impedido pessoas de exercer o direito de ir e vir e obrigado alguns a aderir o movimento. “Foram relatadas diversas situações de pessoas obrigadas a fechar o comércio como forma de apoio à manifestação e pessoas que não puderam abastecer seus veículos livremente, vez que o grupo impediu a passagem de caminhões tanques na cidade, assim como chegou a limitar a quantidade de combustível a ser abastecido por pessoa. No curso da apuração, foi constatado que comerciantes foram obrigados a demonstrar apoio à manifestação. Também se evidenciou que pessoas tiveram seus caminhões retidos na manifestação, em alguns casos, por vários dias. Outros cidadãos chegaram a ser alertados a não voltar mais na rodovia sentido Vilhena, pois seriam impedidos de passar se não aderissem ao movimento”, relatou o Ministério Público de Rondônia. A investigação também averiguou que a população teve o acesso a bens de consumo essenciais limitados e estudantes tiveram o acesso à escola prejudicados.

O grupo chegou a estabelecer de que foram os cidadãos teriam acesso a combustível, limitando quantidade e horário a ser recebido. Além da prisão, a Justiça determinou suspensão do direito ao porte e a posse de arma de fogo e solicitou três medidas de monitoramento eletrônico.

Com informações da Jovem Pan