Caxias do Sul

Operação cumpre mandados em Caxias do Sul contra fraudes no Pró-Esporte

Os valores dos projetos automobilísticos sob investigação aproximam-se do montante nominal de R$ 8,5 milhões.

Operação cumpre mandados em Caxias do Sul contra fraudes no Pró-Esporte
Operação cumpre mandados em Caxias do Sul contra fraudes no Pró-Esporte (Foto: PC/Divulgação)

Foram cumpridas 12 ordens judiciais de busca e apreensão em Caxias do Sul e Porto Alegre na manhã desta quarta-feira (9). Elas são parte da Operação “Circuito Fechado”, desencadeada pela Polícia Civil com o objetivo de apurar crimes contra a fé pública, estelionato contra a Administração Pública, corrupção ativa e passiva, além de associação criminosa em prejuízo da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer.  Os mandados foram cumpridos contra projetos relativos ao automobilismo mantidos com recursos do Pró-Esporte/RS.

A ação, coordenada pela 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção (1ª DECOR/DCCOR), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), teve ordens judiciais expedidas pela 14ª Vara Criminal e Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Foro Central da Comarca de Porto Alegre. Estas foram cumpridas nas residências de investigados, bem como nas dependências de associações esportivas e de empresas prestadoras de serviços, com o objetivo de localizar e apreender documentos, equipamentos eletrônicos, entre outros elementos de informação quanto à autoria e materialidade dos crimes investigados.

De acordo com o delegado Max Otto Ritter, que comandou a operação, os fatos chegaram ao conhecimento da Polícia Civil a partir do encaminhamento de documentação de auditoria realizada pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado – CAGE/RS. As diversas irregularidades seriam em decorrência das prestações de contas referentes a projetos propostos por associações esportivas que competiram na categoria Stock Car Light, em âmbito nacional e de alto rendimento.

Conforme apuração preliminar da Polícia, as inconformidades detectada indicam a existência de documentos falsos, notas fiscais inexistentes e falsidade ideológica junto às associações proponentes, fatos esses que, potencialmente, caracterizaram desvio de recursos públicos e danos ao erário estadual. Segundo estimativas, os valores despendidos com os projetos automobilísticos sob investigação aproximam-se do montante nominal de R$ 8,5 milhões.

Participaram da operação policial 47 policiais Civis em 17 viaturas.