AUXÍLIO

Escuta e esperança: o papel vital do CVV Caxias do Sul na saúde mental

Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

O mês de maio também é conhecido como o mês de conscientização sobre a saúde mental. Nesse sentido, dentro de uma série de reportagens especiais sobre o assunto, o Portal Leouve conversou com o Centro de Valorização da Vida (CVV) Caxias do Sul para conhecer um pouco mais sobre um dos serviços de apoio da rede existente.

O CVV oferece apoio emocional e prevenção do suicídio gratuitamente. Quem procura, normalmente está se sentido solitário ou precisa conversar de forma sigilosa, sem julgamentos, críticas ou comparações. A atuação é nacional e o atendimento sigiloso é realizado pelo telefone 188, sem custos. As ligações podem ser direcionadas para qualquer posto do Centro no país.

CVV Caxias

O CCV em Caxias do Sul conta com cerca de 30 voluntários. O número não atende toda a demanda e o serviço precisa de mais voluntariado. Para fazer parte, as pessoas interessadas precisam ter mais de 18 anos e disponibilidade para plantões de quatro horas semanais. Além disso, é preciso passar por um processo de preparação e seleção que é aberto pela própria entidade.

José Theodoro, coordenador de comunicação do CVV Caxias do Sul explica que a maior procura pelo serviço é sazonal, com picos em períodos como no fim de ano, quando as pessoas se sentem mais sozinhas. Além disso, os finais de semana, noites e madrugadas também costumar registrar uma maior demanda. Ele conta que as ligações podem durar um minuto ou até mesmo passar de 40, dependendo de cada caso. Além disso, há pessoas que ligam para o CVV há mais de 20 anos e enxergam o serviço como um apoio emocional.

O voluntário relata que é difícil traçar um perfil de quem busca pelo CVV, mas o maior público são de pessoas que se sentem mais sozinhas, geralmente de mais idade. A maioria dos casos se referem a problemas de solidão, lutos e medo de julgamentos. Entre todos, sempre um fator em comum, a ausência de alguém com quem compartilhar o sofrimento.

“O CVV não julga, ele acolhe a pessoa na sua dor e no seu sofrimento. Talvez seja o motivo pelas pessoas procurarem o CVV, delas poderem falar, ouvir, sem serem julgadas.”.

De acordo com o voluntário, a nível nacional, o CCV conta com mais de 100 postos pelo país e cerca de 3,5 mil voluntários que fazem em média 3,5 milhões de atendimentos por ano. Já em Caxias, a média de atendimentos é de 30 pessoas por plantão, ou seja, a cada quatro horas.

“Quem precisa e quer conversar, pode procurar o 188, um serviço de apoio emocional, sem fins lucrativos, 24 horas, sem julgamento e total sigilo. Trabalhamos na prevenção ao suicídio, respeitando as pessoas no seu livre arbítrio”, orienta e conclui.

O site cvv.org.br tem mais informações sobre o serviço e também conta com artigos de autoajuda e informação.