
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) realizou na manhã desta quinta-feira (10), uma operação contra uma organização criminosa que vendia arroz com insetos, larvas de traças e fezes de rato para o Rio de Janeiro e São Paulo.
Quatro mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão foram cumpridos em cinco cidades gaúchas e em uma de Santa Catarina: Cerro Branco, Novo Cabrais, Cachoeira do Sul, Candelária e Ibiraiaras e Sombrio (SC). A investigação apura prática de sonegação fiscal, adulteração de produto alimentício e descumprimento das relações de consumo.
Onze pessoas são suspeitas de comprarem arroz diretamente de produtores gaúchos sem a procedência exigida pela legislação.
Marcas de arroz que eram vendidas
Dio Santo
Meio-Dia
Danata
5 Estrelas
Riatto
Imperador Rio
Grão D’Ouro
Grão Ouro
Risoleti
Super Mar
Super Compras
Diversas irregularidades são apuradas pela investigação. De acordo com o MP, empresas gaúchas emitiam as vendas sem nota fiscal, vendiam com rotulagem de terceiros para impedir a fiscalização e a utilizavam pessoas jurídicas e laranjas para evitar o rastreamento do produto.
A compra dos resíduos de arroz, misturados aos grãos de qualidade, possibilitava ao grupo obter maior lucro com as vendas. Agora, a operação visa apurar quais cidades dos estados afetados estavam no destino das marcas comercializadas, além de valores envolvidos e quando de fato começou o crime.