Caxias do Sul

Movimentos sociais e de trabalhadores voltarão a protestar no dia 30 de junho

Em abril, cerca de 5 mil pessoas foram às ruas contra as reformas propostas pelo governo. (Foto: Ricardo de Souza/Grupo RSCOM)
Em abril, cerca de 5 mil pessoas foram às ruas contra as reformas propostas pelo governo. (Foto: Ricardo de Souza/Grupo RSCOM)

O governo de Michel Temer deve enfrentar no dia 30 de junho mais um protesto contra as reformas da previdência e trabalhista. Em Caxias do Sul, a exemplo do que ocorreu no dia 28 de abril, as centrais sindicais e movimentos sociais e de trabalhadores estão em processo de mobilização para mais um dia de paralisações e atos públicos contra as mudanças na lei trabalhista e também nas regras da aposentadoria.

A presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Silvana Piroli, entende que a mobilização é a única forma de barrar as reformas que colocam em xeque alguns pontos importantes dos direitos trabalhistas. Para Silvana, a liberação da negociação direta entre patrões e trabalhadores é um dos pontos mais delicados da reforma. “Nós acreditamos que a mobilização nas ruas pode garantir o adiamento da entrada em vigo e da votação dessas propostas. O que acontece com a reforma trabalhista é que ela retira uma série de direitos importantes. Mas, o mais grave, é a questão do negociado sobre o legislado. Você trabalha em uma empresa e vai ter que negociar direto com os patrões. Em uma conjuntura como agora, onde há muito desemprego e as vagas são limitadas, qual é o poder de força que o trabalhador terá para garantir reajuste ou melhores condições de trabalho? O trabalhador será submetido e aceitará condições muito precárias em suas condições de trabalho”, argumenta.

Em abril, cerca de 5 mil pessoas foram às ruas contra as reformas propostas pelo governo. (Foto: Ricardo de Souza/Grupo RSCOM)

O Sindiserv, juntamente como  Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos e o Sindicato dos Rodoviários, são os principais articuladores do movimento previsto para o dia 30 de junho. Em abril, ao longo do dia, os organizadores estimam que aproximadamente cinco mil pessoas participaram da mobilização.

A reforma trabalhista foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora está em discussão no Senado. Já o texto da reforma da previdência ainda é discutido na Câmara. A ideia do governo era acelerar a votação e aprovar as reformas antes da metade do ano, mas recentes denúncias de corrupção contra o governo Temer atrasaram o processo de votação e discussão das propostas.