Nesta terça-feira (12), o médico de Bento Gonçalves, investigado por peculato e falsidade ideológica, teve sua prisão revogada. A Justiça decidiu pela anulação da prisão durante a audiência de custódia, que havia sido realizada horas após sua prisão.
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A detenção do médico ocorreu devido ao não cumprimento de medidas previamente impostas pela Justiça. O profissional havia saído do Rio Grande do Sul, em viagem, o que motivou sua prisão preventiva, ocorrida nesta terça-feira. Apesar de sua soltura, o médico deverá seguir cumprindo medidas cautelares.
O cirurgião cardiovascular, que não teve seu nome divulgado pelas autoridades, é investigado pela Polícia Civil, junto de outros médicos de Bento Gonçalves e Garibaldi, pela prática dos crimes de peculato e falsidade ideológica. A esposa do profissional preso, que é médica ginecologista, também é investigada na mesma operação. Todos os médicos envolvidos no inquérito seriam credenciados pelo IPE-Saúde.
Operação Doppler
A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª DECOR), da Divisão Estadual de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCCOR), deflagrou a Operação Doppler, com o objetivo de combater a prática dos crimes de peculato e falsidade ideológica cometidos por médicos credenciados ao IPE-Saúde. Nesta terça-feira (12), foram executadas seis ordens judiciais de busca e apreensão e uma ordem de prisão preventiva nos municípios de Bento Gonçalves e Garibaldi.
De acordo com o Delegado de Polícia Max Otto Ritter, médicos vinculados ao IPE-Saúde, que atuam na Comarca de Bento Gonçalves, estavam supostamente realizando cobranças indevidas por exames de imagens ginecológicas, que alegavam terem sido realizados em conjunto com consultas ginecológicas. A denúncia que levou a esta investigação foi encaminhada por meio do IPE-Saúde, relatando uma possível fraude envolvendo médicos credenciados à Autarquia em Bento Gonçalves.
Ao longo das investigações, foi possível identificar a atuação dos investigados, bem como da secretária dos profissionais, que alegadamente imputavam às pacientes de consultas ginecológicas diversos tipos de exames de imagens que, na realidade, não eram realizados, mas, no entanto, eram cobrados do IPE-Saúde.
A previsão do encerramento do inquérito é de 10 dias, conforme O Delegado de Polícia Max Otto Ritter.
Bento Gonçalves