Polícia

Madrasta do menino Bernardo depõe nesta quinta-feira em Três Passos

REPRODUÇÃO/TJRS
REPRODUÇÃO/TJRS

O julgamento dos réus do caso Bernardo Boldrini começou nesta quinta-feira (14), às 9h, o 4º dia de júri. Hoje acontece o depoimento mais agradado do caso, Graciele Ugulini, madrasta do menino, no fórum de Três Passos.

No 3º dia julgamento, ocorrido na quarta-feira (13), Bernardo Boldrini acusou Graciele e Edelvânia do assassinato e ocultação do cadáver de Bernardo.

Na quarta-feira, depuseram um dos réus, Leandro Boldrini, e três das suas testemunhas de defesa, Luiz Omar Gomes Pinto, ex-funcionário de Leandro, Maria Cremonese, ex-professora do réu e Luiz Gabriel Costa Passos, perito particular contratado pelo defesa de Leandro.

Luiz Pinto afirmou que desconhecia a agressividade do pai com Bernardo, que ele era ausente devido ao trabalho e que era uma pessoa de trato fácil e humilde. Também relatou que não conviveu com Graciele Ugulini e que temia ser processado.

Maria Cremonese relatou que o pai de Bernardo era carente de afeto e que era muito inteligente na época da escola.

O perito chamado pela defesa, Luiz Gabriel da Costa Passos, questionou a veracidade das assinaturas de Boldrini no receituário apreendido pela polícia.

Último depoente do dia, Leandro Boldrini negou qualquer envolvimento na morte do filho, diz que amava Bernardo e expôs a sua versão sobre o desaparecimento do menino. Ele foi questionado pela promotoria, e a defesa o orientou a não responder perguntas, além de pedir a anulação do julgamento. Quando questionado pela defesa se seria um bom pai, ele afirmou, “certamente eu faria coisas diferentes.”

Ela também acusou Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganowicz de cometer o assassinato de Bernardo. “O que fizeram com o Bernardo não tem explicação. A vida a gente reconstrói depois. Deixa eu ir lá ver onde está meu filho, abraçar minha filha, em Santo Augusto. O meu caminho vai ser trilhado de volta em Três Passos, podem escrever isso. Ao final desse processo vocês vão ver quem assassinou e planejou. E eu digo quem foi: foi a Graciele e a Edelvânia! Eu não mandei matar o meu filho.” Ele falou com olhos fixos nos jurados.