Ex-presidente da Câmara e ex-ministro do Turismo do governo Temer, Henrique Eduardo Alves (PMDB) foi preso na manhã desta terça-feira, dia 6, em um desdobramento da Operação Lava Jato. Além dele, o ex-deputado e também ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), que está preso em Curitiba, é alvo de um novo mandado de prisão preventiva.
A operação Manus investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro no suposto pagamento de propina durante a construção da Arena das Dunas, em Natal, para a Copa do Mundo de 2014.
São cumpridos 33 mandados, sendo cinco mandados de prisão preventiva (sem prazo), seis de condução coercitiva (quando alguém é levado a depor) e 22 de busca e apreensão no Rio Grande do Norte e no Paraná. O superfaturamento calculado pela investigação chega a R$ 77 milhões.
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A prisão de Alves amplia a pressão sobre o presidente Michel Temer no mesmo dia em que recomeça o julgamento que pode cassar a chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso porque os dois envolvidos são ligados a Temer.
Quando deputados, tanto Alves quanto Cunha eram frequentadores assíduos dos jantares no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer. Mesmo depois de ter saído do ministério na esteira das denúncias do ano passado, Alves seguiu com trânsito livre no Palácio do Planalto, tem acesso livre ao gabinete da presidência, se reúne com Temer fora da agenda e o último encontro entre os dois teria ocorrido há cerca de um mês.
