Justiça

Justiça mantém condenação de Leandro Boldrini pela morte do filho Bernardo

O réu foi condenado a uma pena de 31 anos e oito meses de prisão; Sua defesa alegava ocorrência de nulidades no julgamento

Foto: Márcio Daudt/DICOM-TJRS
Foto: Márcio Daudt/DICOM-TJRS

Em julgamento que ocorreu entre a última sexta-feira, dia 23 de fevereiro, e esta quinta-feira, dia 29, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) negou recurso da defesa de Leandro Boldrini, mantendo a condenação dele. A defesa do réu alegava ocorrência de nulidades no julgamento.

Na sentença proferida há quase dois anos, em um segundo júri, o pai do menino Bernardo havia sido condenado a uma pena de 31 anos e oito meses de prisão pelo homicídio do filho no ano de 2014 em Três Passos, no Noroeste do Estado.

A promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari, que atuou neste segundo júri, realizado em março de 2023, ressalta que: “o julgamento anterior transcorreu de forma regular, sem nenhum problema, e o TJRS confirmou a decisão. Nós precisamos dar um final a este processo que se arrasta por tempo demasiado. Foi mantida a responsabilidade de Leandro Boldrini no assassinato do filho. Justiça feita e sociedade, neste caso, sai engrandecida”.

Julgamentos Anteriores

O segundo julgamento foi realizado porque o primeiro, ocorrido em 2019, foi anulado no final de 2021, quando a Justiça considerou que houve quebra da paridade de armas (ou seja, igualdade de tratamento entre as partes do processo) durante o interrogatório do réu. Há quase cinco anos, Boldrini havia sido condenado a 33 anos e oito meses de prisão — 30 anos e oito meses por homicídio, dois anos por ocultação de cadáver e um ano por falsidade ideológica.

Também foram condenados: Graciele Ugulini (34 anos e sete meses de reclusão), madrasta de Bernardo, e ainda Edelvania Wirganovicz (22 anos e dez meses) e Evandro Wirganovicz (nove anos e seis meses).

O Crime

O corpo de Bernardo, que tinha 11 anos, foi encontrado em Frederico Westphalen, após dez dias desaparecimento do menino. Ele morava com o pai, a madrasta e uma meia-irmã, de um ano, no município de Três Passos. O caso gerou revolta em todo País. A criança foi dopada e morta, sendo enrolada em um saco plástico e enterrada em uma cova em um matagal.

Fonte: MPRS