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Justiça aceita denúncia contra suspeitos da morte de jogador, em Erechim

Foto: Divulgação
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A 1ª Vara Criminal do Foro da Comarca de Erechim (Região Central do Estado) recebeu nesta segunda-feira (09), denúncia contra dois suspeitos pelo homicídio qualificado do jogador de futsal do Corinthians, Douglas Nunes da Silva, 27 anos. Conforme o Ministério Público.

Relembre

Foto: Arquivo / Leouve

O pivô do Corinthians Futsal, Douglas Nunes da Silva, de 27 anos, foi assassinado na madrugada do domingo (11/08), no centro de Erechim. O crime teria ocorrido durante uma briga na Avenida Sete de Setembro. De acordo com informações do clube, a equipe paulista estava na cidade disputando a Taça Brasil de Futsal e o atleta teria participado de uma festa que estava ocorrendo em um clube, quando se envolveu em uma discussão. Ao deixar o local, por volta das 5h20min, foi atingido pelos disparos.

A Brigada Militar foi acionada e a vítima chegou a ser encaminhada ao hospital pela ambulância do Corpo de Bombeiros Militar, mas não resistiu aos ferimentos.
Douglas Nunes da Silva era natural de São Paulo e já havia conquistado os títulos da Liga Paulista, Super Liga, Copa Paulista, Copa do Cazaquistão e Eremo Cup.

Na Taça Brasil o Corinthians Futsal foi eliminado na semifinal pelo time do Atlântico. A equipe permaneceu na cidade pois disputaria nova partida contra o time da casa durante a semana.

De acordo com o titular da Comarca, juiz Marcos Luís Agostini, a análisCorinthansCorinthianse das circunstâncias e da motivação do crime “revelam o desprezo do autor pelo ser humano, ao cometer um homicídio desproporcional ao fato gerador do confronto: uma mera discussão durante festa”.

Douglas, que jogava como pivô e já havia vestido a camisa da Seleção Brasileira de Futsal, além de atuar no Cazaquistão, estava na cidade gaúcha para uma partida da Taça Brasil de Clubes da modalidade, contra o Atlântico, horas antes.

O denunciado já possui uma condenação criminal transitada em julgado pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, razão pela qual ele cumpria pena em prisão domiciliar, que acabou desrespeitada, pois ele deveria estar em casa na hora do incidente.

“Isso evidencia a dificuldade do representado de se adequar as normas de convívio social, bem ainda a total desconsideração com o cumprimento da lei e das determinações judiciais”, acrescentou o magistrado.

Na ocasião, também foi determinado o cumprimento de um mandado de busca e apreensão de armas-de-fogo e outros itens considerados de utilidade para o caso. O alvo foi a residência de Ricardo Jean Rodrigues, que também teve quebrado o sigilo de dados de seu telefone celular.

Outro envolvido

A prisão preventiva do outro suspeito, Guilherme Henrique Oliveira, foi decretada no dia 22 de agosto. Ele estaria dirigindo o veículo usado para que Rodrigues retornasse ao bar, disposto a balear o jogador. Segundo a apuração policial, em abril esse cúmplice adquiriu munição de calibre idêntico ao projétil apreendido em frente ao bar.

O decreto de prisão detalhe que ele próprio admitiu possuir o registro de uma pistola de mesmo calibre, mas alegou que, sem o seu consentimento, a mãe acabou escondendo o artefato, sem revelar o seu paradeiro. Para o juiz, no entanto, é possível que Guilherme esteja ocultando o objeto, a fim de impedir a realização de perícia e outros aspectos da investigação.