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JP Morgan indica 21 ações latino-americanas para investir no segundo semestre e Brasil tem 13 empresas na lista

De acordo com o JP Morgan, as ações brasileiras estão sendo negociadas no seu menor nível em 20 anos e, ao mesmo tempo, os ganhos das empresas têm melhorado

JP Morgan indica 21 ações latino-americanas para investir no segundo semestre e Brasil tem 13 empresas na lista

Com o cenário macroeconômico marcado por aumento de juros no mundo todo estimulando a procura pela renda fixa, fica difícil convencer o investidor a comprar ações.

Mas o JP Morgan enxerga oportunidades excelentes nos mercados latino-americanos e emergentes, principalmente no Brasil.

A equipe de pesquisa da América Latina do banco elegeu 21 ações para investir no segundo semestre de 2022, sendo que 13 são de empresas brasileiras.

De acordo com o JP Morgan, as ações brasileiras estão sendo negociadas no seu menor nível em 20 anos e, ao mesmo tempo, os ganhos das empresas têm melhorado.

“Vemos o Brasil como um dos principais beneficiários da política anticíclica proporcionada pela China”, escreveram os analistas em relatório enviado a clientes.

O banco acredita que o Brasil encerrará o ciclo de alta de juros antes dos demais países e vê as commodities e a reabertura da economia dando apoio ao crescimento.

Idiossincrasias domésticas

Para o JP Morgan, o segundo semestre será marcado por “idiossincrasias domésticas”.

Primeiramente, de acordo com os analistas, o investidor deveria ficar atento a um pico da inflação na metade do ano e à confirmação de que o Banco Central completou o ciclo de aperto monetário em junho.

No entanto, a última parte da premissa não se confirmou, uma vez que o BC já sinalizou que vai aumentar a taxa de juros em agosto, mas ainda não tem certeza da magnitude.

Em segundo lugar, o JP Morgan destaca que o que acontecer no Congresso em relação aos preços dos combustíveis e outros itens essenciais, como telecomunicações, transporte e energia elétrica, terá um impacto na inflação e pode até influenciar na evolução das intenções de voto no presidente Jair Bolsonaro.

O banco aponta que as eleições presidenciais devem ser decididas entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas.

“Neste momento, há questionamentos importantes sobre a direção da política econômica do PT e quem irá comandá-la. Ao mesmo tempo, há temores de que Bolsonaro possa chamar a eleição de fraudulenta se o resultado não for do seu agrado”, diz o JP Morgan no relatório.

De acordo com os analistas, será importante verificar se o próximo presidente será capaz de construir governabilidade, o que vai depender do novo Congresso e dos líderes da Câmara e do Senado.

As ações preferidas

Com esse pano de fundo no segundo semestre, o JP Morgan prefere ações ligadas a commodities e ao setor financeiro no Brasil.

No caso das commodities, o JP Morgan prefere exposição a materiais (Vale e Gerdau) em vez de energia, uma vez que o “barulho” na Petrobras pode aumentar significativamente conforme as eleições se aproximam.

No setor financeiro, o banco afirma estar posicionado em Itaú e Bradesco e considera que ambos estão melhor preparados para lidar com um eventual ciclo ruim de crédito.

O JP Morgan também gosta do setor de utilities, ou seja, serviços essenciais, como energia elétrica, saneamento, etc, por ser bom pagador de dividendos.

Além disso, o banco considera que uma exposição antecipada a empresas que se beneficiam de juros mais baixos seria por meio de shoppings, levando a conta o valuation, a atividade corporativa no setor e uma forte reabertura.

A lista das 20 ações escolhidas pelo JP Morgan para o segundo semestre não inclui algumas empresas citadas na tese de investimento no Brasil. Confira:

Fonte: MoneyTimes