Aos 14 anos, a jovem tenista de Bento Gonçalves, Pietra Rivoli, já dá grandes passos em sua carreira. Entre os próximos dias 1º e 6 de agosto ela estará na cidade de Prostejov, na República Tcheca, representando o Brasil no mundial da categoria.
O país garantiu vaga na competição internacional após ter ficado em segundo lugar no Sul-Americano da modalidade, disputado na Colômbia no mês de junho. Além de Pietra, Leticia Marangoni e Victoria Barros também representarão o país no torneio.
Dessa forma, a jovem bento-gonçalvense conversou com a equipe de reportagem do Grupo RSCOM, onde contou um pouco da sua curta, mas já vitoriosa carreira, ela que começou na modalidade aos quatro anos de idade.
“O meu pai foi para os Estados Unidos junto com a minha mãe e comprou uma raquete para ele e uma para mim. Então, comecei na escolinha de Bento. Confesso que no início não gostava muito, era mais para praticar um esporte. Mas, quando eu comecei a competir de verdade, quando eu tinha oito, nove anos, aí eu comecei a gostar”.
Para ela, que tem o espanhol e multicampeão Rafael Nadal, além a atual número um do mundo, a polonesa Iga Swiatek, como referências, é fácil responder o sentimento de estar dentro de uma quadra de tênis.
“Eu acho que atualmente é uma coisa tão natural. A gente vai ali todos os dias, joga e treina e compete. Mas, no fundo sempre é amor, amor pelo esporte, felicidade sempre. É uma coisa que se eu estou triste, normalmente perdi, é bom sempre voltar para a quadra e começar um dia novo, então é um sinal de recomeço”.
A rotina de treinos da tenista
Atualmente, Pietra possui uma rotina de treinos bastante regrada. Durante a semana, ela vai três vezes para Caxias do Sul, onde realizada treinamentos no Recreio da Juventude. Além disso, são mais três sessões semanais com o pai, o ex-jogador de voleibol, Rodrigo Rivoli, em Bento Gonçalves.
Sem falar nos treinamentos físicos, fisioterapias e demais atividades para se manter sempre pronta às competições.
“É puxada a rotina, sim, mas é boa. Faço também trabalhos mentais, mobilidade, tem que fazer recuperação todos os dias, mas é bom”, destaca.
Mesmo nova, Pietra comenta sobre temas como a saúde mental dos atletas, debate que está cada vez mais em foco no meio esportivo.
“Quando eu entro na quadra, para mim, nos torneios, durante os jogos, já é natural eu ficar tranquila assim, e não quebrar a raquete, não xingar. Para mim é natural ficar calma, porque eu sei que não é o fim do mundo se eu errar uma bola ou outra. Mas, sempre tentando fora da quadra trabalhar pensamentos positivos e respirações para ficar mais o calma possível, e ter bom pensamentos que vão fazer a diferença na hora do jogo”.
Sonho e representação do país
Quando perguntada sobre seu maior sonho dentro do esporte, a jovem é enfática: “Ganhar um Grand Slam e ser a número um do mundo”. Para ela, não existe uma preferência por campeonato específico, entretanto, o tradicional inglês de Wimbledon é o favorito.
Agora, ela se diz ansiosa para representar o país no mundial na República Tcheca.
“A gente vai dar tudo de si para representar o Brasil, e vai ser um torneio incrível. A gente está bem unidas, as três, então vai ser uma experiência bem diferente, bem legal”.
Dessa forma, o campeonato feminino disputado no Velho Continente contará com outros 15 países além do Brasil, são eles: Alemanha, Argentina, Austrália, Canadá, Coréia do Sul, Estados Unidos, Egito, Eslováquia, Índia, Japão, Letônia, Reino Unido, República Tcheca, Sérvia e Tunísia. No masculino, o Brasil não se classificou.