A Força Aérea de Israel bombardeou três vezes, em 24h, o posto fronteiriço de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, informou uma ONG nesta terça-feira, 10. Esse ponto de passagem é a única saída do enclave palestino que não é controlada por Israel. Nesta terça-feira, seu lado palestino foi bombardeado duas vezes, interrompendo o trânsito de famílias que saíam de ou chegavam ao enclave palestino, disseram várias testemunhas.
O Exército israelense disse, contudo, que agora não pode “confirmar nem negar” a ocorrência desses bombardeios. A ONG egípcia Sinai for Human Rights afirmou que o bombardeio “causou um novo fechamento do ponto de passagem”. Nenhuma das partes confirmou essa informação. Testemunhas relataram que os funcionários egípcios do posto fronteiriço deixaram os edifícios onde trabalham e que vários ônibus que transportavam famílias palestinas do Egito para Gaza deram meia-volta.
O posto de Rafah já havia sido fechado na noite de segunda-feira, temporariamente, após um primeiro bombardeio israelense, segundo uma fonte de segurança egípcia e testemunhas. A Faixa de Gaza está sujeita a um rígido bloqueio imposto por Israel desde 2007, mas o Egito – primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel – costuma manter aberto o posto fronteiriço de Rafah.
Poucos habitantes do enclave obtêm a autorização necessária para utilizá-lo e, quando concedida, isso costuma acontecer por razões médicas. Desde sábado, 7, mais de 1.800 pessoas morreram devido à ofensiva lançada pelo movimento islâmico palestino Hamas contra Israel e pela resposta do Exército israelense a esse ataque. São mil vítima em território israelense e 830 na Faixa de Gaza, além dos 17 na Cisjordânia ocupada.
Fonte: Jovem Pan