
Dando continuidade a série de reportagens especiais do Portal Leouve em homenagem a semana que marca o Dia Internacional da Mulher, nossa reportagem conversou com a Capitã da Brigada Militar, Estefanie Fagundes Caetano.
Ela que recentemente assumiu o subcomando do 3° Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas, com sede em Bento Gonçalves e atuação em outras 24 cidades da Serra Gaúcha.
Com 35 anos de idade e natural da cidade de Lavras do Sul, Estefanie se formou em direito na Universidade Federal de Pelotas e em 2012 iniciou a sua trajetória como capitã na academia da Brigada Militar com sede em Porto Alegre, onde ficou por dois anos até optar por servir a profissão em Bento Gonçalves, no 3°BPAT. Desde 2014, integra o policiamento do batalhão.
O fato de apenas 17% de todo o efetivo da Brigada Militar ser formado por mulheres, por si só, já mostra a dificuldade de as mulheres ingressarem no meio policial, o que é um motivo de orgulho para ela e serve de inspiração para outras mulheres ingressarem na carreira:
“São desafios diários para a gente ocupar este espaço. A gente sabe que é um ambiente majoritariamente masculino, apesar de a primeira mulher que integrou a Brigada Militar já faz 35 anos. Mas é muito importante o papel da mulher na corporação. A mulher veio para tornar a polícia mais humanizada, mais empática e faz toda a diferença ter a mulher no atendimento a ocorrência por todas as características peculiares da mulher, do diálogo e da empatia, que fazem toda a diferença”, relata.
A atuação da Capitã Estefanie na Brigada Militar também está fortemente ligada a Patrulha Maria da Penha, que desde o ano de 2015 integra o 3°BPAT e é voltada não só para o atendimento de ocorrências relacionadas a violência contra a mulher, mas também no trabalho pós-ocorrência, que consiste em uma forte presença da brigada na casa das mulheres que foram vítimas de crimes relacionados à Lei Maria da Penha:
“A Patrulha Maria da Penha está no nosso batalhão e vai até a casa de mulheres que sofreram a violência e tem medida protetiva contra os agressores, para verificar se as situações de violência continuam ocorrendo e também para prestar toda uma assistência as vítimas. E como mulher fico muito feliz em ajudar outras mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade.” ressaltou a capitã.
Confira um vídeo e também o áudio da entrevista com a Capitã Estefanie Fagundes Caetano, que foram gravados ainda no último dia 25: