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Impeachment II - Guerra não pode dar certo!!!

Impeachment II - Guerra não pode dar certo!!!

Daniel Guerra já está no governo há nove meses e já passou quase um ano da eleição, mas a impressão que se tem é de que Caxias continua em campanha. Dois pedidos de impeachment. Nunca na história da cidade, ao menos que eu tenha lembrança ou conhecimento, se viu um clima tão acirrado após o resultado das urnas. Claro, com muitos motivos, mas o principal deles é que o governo de Daniel Guerra não pode dar certo.

Passada a eleição, o barulho segue ensurdecedor. A guerra de Davi contra Golias parece não ter fim, mesmo depois do pequeno ter derrotado o gigante. Esse é um dos principais motivos de tanto barulho. É duro de engolir que uma candidatura nanica e sem dinheiro tenha derrotado uma coligação com recursos milionários e com 22 partidos. Até hoje, principalmente para quem perdeu, parece impossível. Daniel Guerra mais do que uma grande vitória, provocou e segue provocando o desacomodo de muita gente. Muita gente mesmo. Diretamente, mais de 300 pessoas tinham interesse na eleição do opositor de Daniel, pessoas que tinham sua renda nos cargos que ocupavam. Possivelmente mais de 1500 pessoas são atingidas indiretamente. Considerando filiações partidárias da coligação, se é que todos realmente se importassem com a derrota, mais de 25.000 pessoas. Então é compreensível tanto barulho. Perfeitamente compreensível.  As redes sociais refletem diariamente essa pessoalização da derrota com mares de comentários contra tudo o que o prefeito faz. Ruim para a cidade. Muitos e muitos (conhecidos e amigos meus inclusive) entram na onda sem de fato avaliar se concordam ou não com os acontecimentos. Sem buscar a raiz das questões. A verdade é que o barulho acaba incomodando muito e certamente influenciando a opinião popular sobre o governo. Mais ainda, acaba afastando boas pessoas que poderiam estar contribuindo com a gestão e não o fazem para manter uma neutralidade e talvez escapar das críticas gratuitas.

Quando digo isso, pessoas me perguntam: Mas tu aprovas tudo o que o Guerra está fazendo?

E eu respondo que de maneira geral aprovo o “que”, apenas desaprovo o “como”. Ou seja, eu faria o mesmo, porém de maneira diferente.

Alguns exemplos:

Guerra não tem diálogo com os médicos: Mas o que é ter diálogo? É permitir que eles sigam não cumprindo o contrato???? Ok, penso que eu teria diálogo, teria recebido o presidente do sindicato da categoria (mesmo não sendo o legítimo representante dos servidores públicos municipais), mas não teria mudado a posição de exigir o cumprimento do contrato para o qual eles prestaram concurso. Mudaria alguma coisa?

Quanto aos terrenos públicos utilizados por entidades privadas: Eu conversaria com cada entidade, daria mais prazo para desocupar, seria mais flexível em desfazer os erros do passado, mas alguém pode dizer que ele está errado em exigir que o bem público sirva realmente ao fim público?

Em relação a VISATE. Uma chuva de críticas, mas até hoje a população foi imensamente beneficiada.

Guerra não recebe ninguém. A visão que eu tenho é de que Guerra não interfere nos assuntos do secretariado. Uma vez ele me disse: se eu recebo e encaminho o assunto a pessoa chega no secretário medindo 3 metros de altura. Está errado que os assuntos sejam tratados diretamente com o responsável por cada pasta?

Guerra é um legalista. O Joãozinho do passo certo. E não tem nenhum demérito em dizer isso. É o estilo dele e acredito que suas ações são todas para beneficiar a população.

Sim, eu faria muitas coisas de forma diferente. Entendo que a comunicação da prefeitura deixa muito a desejar e que o prefeito realmente deveria estar presente junto ao que acontece na vida da comunidade. O lado institucional do prefeito deveria estar mais próximo da comunidade, suas entidades, suas representações. E acredito que perceber a necessidade de uma transição entre o “como era feito antes” e o como ele “quer que seja feito agora” seria muito importante para não desacomodar tanto, mesmo seus adversários políticos, afinal a cidade é deles também. A cidade ganharia muito com isso.

Mas a grande questão que ronda a administração, ao meu ver, não é nada disso. A grande questão é que o governo de Daniel Guerra não pode dar certo sob hipótese alguma. O sucesso de Daniel seria o enterro em definitivo de uma política que, ao meu ver, realmente deve ser enterrada. O sucesso de Daniel provará que uma coligação de 22 partidos serve apenas para dividir as benesses do poder. O sucesso de Daniel, com apenas 115 CCs mostrará que realmente não eram necessários os mais de 300 que haviam no governo anterior e que isso era má gestão do dinheiro público. O sucesso da atual gestão mostrará que conchavos políticos fazem mal ao coletivo e custam muito caro ao erário público. E nem estou supondo más intenções anteriores, nada disso. Estou falando puramente de modelo, do que ele mostra como sendo a “nova política”, que, por exemplo, coloca como secretário alguém com currículo para tal pasta e não um aliado de coligação.

O vexatório primeiro pedido de impeachment de Daniel foi um teste para ver se tal medida ganhava eco. Não ganhou. Os vereadores foram sóbrios em não aceitar por unanimidade. O segundo pedido está aí e não tenham dúvidas de que outros virão. E não tenham dúvidas de que o barulho vai continuar até o último dia de mandato de Guerra. Porque o governo de Daniel Guerra não pode dar certo!!!