O IGP-10 variou 0,74% em junho e acumula alta de 8,53% no ano, aponta a Fundação Getulio Vargas (FGV). Trata-se do Índice Geral de Preços – 10, e no mês anterior, o índice havia registrado variação de 0,10%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 10,40% em 12 meses. Em junho de 2021, o índice subira 2,32% no mês e acumulava elevação de 36,94% em 12 meses.
Coordenador dos Índices de Preços, o economista André Braz disse que a trégua apresentada pelos produtos agropecuários em maio não se repetiu em junho e a variação do grupo passou de -1,59% para -0,04%. Segundo ele, as acelerações dos preços do algodão (de 2,17% para 6,32%) e da cana-de-açúcar (de 1,65% para 2,32%) explicam parte do avanço da taxa dos agropecuários.
Também disse que os produtos industriais também registraram ligeiro avanço, subindo 0,67% em junho, ante 0,54% no mês passado. E acrescentou que o preço dos automóveis novos foram destaque no índice ao produtor (de 0,22% para 2,47%) e ao consumidor (de 0,90% para 0,97%).
Destaque especial cabe ao óleo Diesel, cujo último reajuste ocorreu em 10/05, e respondeu por 68% da taxa do IPA”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
IGP-10 – Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
Ainda de acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,47% em junho. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -0,08%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 1,12% em maio para 0,01% em junho.
A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,24% para -0,25%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,57% em junho. No mês anterior, a taxa foi de 1,31%.
Segundo Braz, a taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,89% em maio para 1,57% em junho. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,59% para 7,81%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,30% em junho, após subir 1,19% no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -2,07% em maio para -0,29% em junho. As principais contribuições para o avanço da taxa partiram dos seguintes itens: soja em grão (-3,36% para 0,55%), milho em grão (-8,49% para -0,31%) e minério de ferro (-3,66% para -2,86%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: aves (4,78% para -0,61%), suínos (8,55% para -7,91%) e mandioca/aipim (-4,94% para -7,13%).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,72% em junho. Em maio, o índice havia apresentado taxa de 0,54%.