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Ibovespa acelera alta a 2,05% com disparada de Magazine Luiza e MRV

A Bolsa brasileira sobe apesar do desempenho misto dos índices norte-americanos. Na véspera, o Banco Central elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano

Ibovespa acelera alta a 2,05% com disparada de Magazine Luiza e MRV

O Ibovespa (IBOV) acelerava alta a 2,05% por volta das 14h20 desta quinta-feira (4), aos 105,9 mil pontos, com a disparada de empresas do varejo como Magazine Luiza (MGLU3) e companhias de construção como MRV (MRVE3).

A Ibovespa sobe apesar do desempenho misto dos índices norte-americanos. Na véspera, o Banco Central elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano, e contratou mais uma alta de mais 0,25 pp na próxima reunião do Copom.

Na visão de Dan Kawa, da TAG Investimentos, o BC optou por ter mais flexibilidade, não se prendendo ao próximo passo de política monetária, mas deu claros sinais de que estamos muito perto do fim do ciclo de alta de juros, conforme comentários enviados a clientes mais cedo.

Nem resultado ruim segura ações da Quero-Quero, que disparam 10%; hora da compra?

A Quero-Quero (LJQQ3) teve outro trimestre difícil, destaca o Bradesco BBI após a divulgação dos resultados da empresa. A Guide Investimentos também aponta que o impacto dos resultados foi negativo, com as margens da empresa pressionadas pelo ambiente macro mais desafiador.

Para o BBI, a inflação e as taxas de juros pressionaram a demanda por mercadorias, os custos dos serviços financeiros e as taxas de inadimplência. “Esperamos que isto continue durante o restante do ano, por isso estamos preocupados que a empresa continue a reportar um crescimento negativo do SSS nos próximos trimestres, impactando negativamente as margens. Em um nível estratégico, a empresa continua progredindo, com 28 aberturas de lojas e aumento gradual da penetração do sortimento ampliado (18% das vendas no 2T22)”, diz.

Mesmo assim, por volta das 13h, as ações disparavam 10,8%, a R$ 7,33. A corretora destaca que os resultados negativos foram em linha com o esperado e continuam a ver a empresa como uma história atraente de crescimento a longo prazo, com um modelo de negócios único e um potencial significativo de crescimento.

Contudo, as incertezas macro podem pesar sobre o preço das ações no curto prazo. Dessa forma, o BBI permanece com recomendação neutra para o papel e preço-alvo para o final de 2022 em R$ 8 na Ibovespa.

A Guide aponta que mercado espera que a maturação da operação das novas lojas da companhia traga resultados mais sólidos para o futuro, mas, por enquanto, as margens da empresa seguem pressionadas pelo cenário macroeconômico, o que, para a corretora, já parece em parte precificado, dado que o ativa acumula queda de pouco mais de 70% em 12 meses.