Comportamento

Gás de cozinha vai ficar mais caro a partir de 1º de maio devido a mudança no ICMS

Preço médio do botijão de 13kg no país vai subir 14,9%, afirma Sindigás, que representa as distribuidoras do setor

Gás de cozinha vai ficar mais caro a partir de 1º de maio devido a mudança no ICMS
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil/divulgação

O preço médio do gás de botijão no país vai subir 14,9% a partir de 1º de maio, afirma o Sindigás, que representa as distribuidoras do setor. É quando o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) sobre o produto passa a ser cobrado por uma alíquota única válida para todo o Brasil. A medida alcança ainda a tributação de diesel e biodiesel.

No Rio Grande do Sul a alta será de 35,1%, com a medida o Gás de Cozinha de 13 kg terá um aumento médio de R$ 4,57. Esse valor é na base de abastecimento e poderá chegar ao consumidor final em um preço maior.

Hoje, o valor médio do ICMS cobrado sobre o gás de botijão é de R$ 14,23. Com o novo sistema, ele sobe para R$ 16,34. Com esse ajuste, o aumento do preço do gás vai aumentar em 21 das 27 unidades da federação.

Não deverá haver alteração do preço do gás em Acre, Ceará e Espírito Santo. O maior aumento ocorrerá em Mato Grosso do Sul, de 84,5%. Enquanto três estados terão redução no preço: Santa Catarina (-21,2%), Minas Gerais (-18,7%) e Rio Grande do Norte (-1,4%).

Mudança prevista em lei

A mudança foi determinada pela Lei Complementar 192, aprovada em 2022, prevendo a unificação das alíquotas de ICMS cobradas sobre gás, diesel e biodiesel pelos estados. A medida, que entraria em vigor em 1º de abril, acabou postergada para o início de maio para permitir que as unidades da federação fizessem os últimos ajustes para a implementação do novo modelo de tributação.

Na prática, a alíquota do ICMS deixa de ser cobrada com base em um percentual definido pelos estados, passando para um valor fixo em reais por quantidade. No caso do gás, por quilo; do diesel e do biodiesel, por litro. Esses valores serão revisados a cada seis meses.

Na implementação, para gás de botijão será cobrada alíquota de R$ 1,2571 por quilo. Enquanto para o diesel e o biodiesel, será de R$ 0,9456 por litro.

Segundo o Sindigás, além aumento de preço ao consumidor, pode haver risco ao abastecimento por questões e requisitos técnicos e regulatórios ainda estarem pendentes nos estados.

Neste mês, a Petrobras anunciou que a partir de 1º de maior, o preço de venda do gás natural será reduzido em 8,1% por metro cúbico, na comparação com o valor praticado entre fevereiro e abril, refletindo queda no preço do petróleo e apreciação do real frente ao dólar.

No ano, o valor do gás vendido pela Petrobras às distribuidoras acumula queda de 19%.

O aumento em cada estado

Brasil: 14,9%

Rio Grande do Sul: 35,1%

Mato Grosso do Sul: 84,5%
Bahia: 77,3%
Sergipe: 56,2%
Rio de Janeiro: 49,8%
Amapá: 44,9%
São Paulo: 28,5%
Distrito Federal: 23%
Goiás: 23%
Piauí: 21,8%
Pernambuco: 18,6%
Maranhão: 19,7%
Tocantins: 21,4%
Mato Grosso: 16,9%
Alagoas: 12,8%
Paraná: 9,5%
Pará: 8%
Roraima: 5,5%
Rondônia: 5%
Amazonas: 4,1%
Paraíba: 2,4%
Acre: 0,0%
Espírito Santo: 0,0%
Ceará: 0,0%
Rio Grande do Norte: -1,4%
Minas Gerais: -18,7%
Santa Catarina: -21,2%

*Com informações de Três Passos News