Justiça

Força-tarefa resgata trabalhadores em situação degradante na colheita de maçãs, em Santa Catarina

Os fiscais encontraram alojamentos em péssimas condições de habitação, conservação, limpeza e higiene. Além da ausência de fornecimento de água potável para consumo e preparo de refeições.

Trabalhadores estavam sem registro profissional, com fornecimento deficitário de equipamentos de proteção individual (EPIs).
Trabalhadores estavam sem registro profissional, com fornecimento deficitário de equipamentos de proteção individual (EPIs). Foto: Ilustração/Wagner Urbano)

Força-tarefa localizou mais 15 trabalhadores em situação de trabalho considerada degradante, desta vez na de maçãs, na serra catarinense. A operação do grupo de fiscalização do Ministério Público do Trabalho (MPT), com apoio da Polícia Federal (PF), aconteceu na última sexta-feira (05), no município de Urubici.

De acordo com os fiscais, 12 trabalhadores do Maranhão e três do Pará foram localizados em uma propriedade rural no interior do município. De acordo com o MPT, alguns trabalhadores estavam sem registro profissional, com fornecimento deficitário de equipamentos de proteção individual (EPIs), não havendo disponibilização de materiais de primeiros socorros.

Ainda verificou-se alojamentos em péssimas condições de habitação, conservação, limpeza e higiene. Além da ausência de fornecimento de água potável para consumo e preparo de refeições.

Segundo o procurador do Trabalho, Jeferson Pereira, o objetivo da fiscalização não é inviabilizar a atividade econômica. “Mas sim, promover ações e adotar posturas que visem à completa observância do que dispõe nossa legislação no que atine ao respeito à dignidade humana da pessoa do trabalhador”, ressaltou.

Os proprietários do local assinaram Termo de Ajuste de Conduta (TAC), incluindo verbas rescisórias e indenização, a título de dano moral individual. Cada trabalhador terá direito a três parcelas de seguro-desemprego, no valor de um salário mínimo cada. Além disso, receberão alimentação e estadia até retornarem aos estados de origem, com passagens aéreas pagas pelos empregadores.

A PF de Lages instaurou inquérito policial. Além do MPT, participaram da força-tarefa auditores-fiscais do Ministério do Trabalho.