Festival Brasileiro de Música de Rua traz a Caxias artistas da América Latina

De 17 a 25 de março, as ruas de Caxias do Sul serão palco para a música latino-americana, que estará representada por artistas de Norte a Sul do Brasil, além de Chile, México e Uruguai. A programação integra o Festival Brasileiro de Música de Rua, que em sua 7ª edição, coloca a Serra Gaúcha no mapa de música do Brasil.

Serão nove dias de atividades de livre acesso em comunidades, escolas públicas, entidades, ruas, praças e parques da cidade, que receberão shows, palestras e exibições de documentários. Nos últimos dias de programação (24 e 25 de março) o Festival se transforma em um grande evento no Palco Fonograma, com shows ao ar livre na Universidade de Caxias do Sul.

Entre as atrações que propõe apresentar um georreferenciamento da Música Brasileira Contemporânea, estão artistas como o pernambucano da cena mangue beat OTTO, o cantautor gaúcho Vitor Ramil, além de grupos caxiense como Catavento e Yangos. A força das mulheres estará representada pelas cantautoras Melaní Luraschi, do Uruguai, Laura Múrcia, do México e a caxiense Vic Limberger. Também integram a programação o paraense Lucas Estrela (guitarrada com toques de tecnobrega), os paraibano de pífanos Avuô e o músico caxiense Hique Gomes (ex Tangos e Tragédias).

A serra gaúcha estará fortemente representada pela psicodelia de Salve Jurema, de São Marcos, o folk do Velho de Guerra, de Flores da Cunha e o acordeom jazzista de Uiliam Michelon de Vacaria. Haverá também a presença de instrumentos piano elétrico, gêneros como as milongas contemporâneas e rock progressivo e instrumental, música brasileira de raiz, o rap de Chiquinho Divilas, Maracatu dos Bugres, Choro de Balcão, o canto coral  do Coro Juvenil Moinho UCS, a banda Marcial do Colégio Cristóvão de Mendonça e a música infantil do projeto Táca-lhe Clown.

De acordo com um dos realizadores do Fest Rua, Luciano Ballen, o principal objetivo do evento é o acesso e a troca de conhecimento das musicas autorais que existem na América Latina. “O Rio Grande do Sul tem uma dificuldade geográfica em captar aquilo que está acontecendo no Norte e no Nordeste do Brasil. E certamente estas regiões também têm essa dificuldade para acessar a música feita aqui. Um dos principais papéis deste Festival é criar esses canais de transmissão direta”, afirma Balen.