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Fecomércio-RS encaminha proposta ao Governo do Estado pedindo alteração no protocolo de operação das empresas

O objetivo é minimizar os impactos da pandemia na economia gaúcha

Foto: Reprodução
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A Federação de Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) segue atenta e atuante no objetivo de contribuir na contenção do contágio do vírus causador da COVID-19, bem como minimizar os impactos da pandemia na economia gaúcha.

Considerando que a busca desse objetivo, contudo, não implica na desconsideração do critério de eficiência para a escolha das ações que podem viabilizá-lo, a entidade entregou no último dia 17 de julho ao Governo do Estado, uma proposta de alteração no protocolo de operação das empresas do setor de comércio e de serviços. A entidade propõe a formação de uma rede de rastreamento de casos e locais de vírus ativo tornando as empresas fontes de informação e até mesmo de controle da contaminação da COVID-19.

O documento reforça que o fechamento geral de segmentos empresariais ou a redução e intermitência da atividade econômica provocaram mais de 123 mil demissões no Rio Grande do Sul entre março e maio, além de 450 mil contratos de trabalho colocados em suspensão ou em redução de jornada.

“É difícil evidenciar, com base no painel de dados monitorado pelo governo, que a abertura de empresas do setor de comércio e serviços em geral tem tido um papel determinante como causa de aceleração na contaminação de pessoas pelo vírus causador da pandemia. Existem regiões onde houve queda nas hospitalizações algumas semanas após a flexibilização de políticas de fechamento, assim como, nas regiões onde houve aumento de hospitalizações, a abertura não é um fator único comum.

Existem diversas aglomerações de pessoas ocorrendo que não têm absolutamente nada a ver com a abertura de empresas, então não podemos ser apontados como os responsáveis pela disseminação do vírus”, afirmou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Nesse sentido, a proposta apresentada destaca que no cenário atual, o rastreamento de casos e locais de vírus ativo, recomendado pela própria pesquisa de prevalência coordenada pela UFPEL, é uma política que pode gerar resultados iguais ou melhores do que os atuais. Ao invés de interromper atividades econômicas onde não se tem certeza com que frequência e risco o vírus circula e cujo custo social é elevado, é possível procurar e isolar de forma mais precisa as pessoas que estejam transmitindo o vírus.

A Fecomércio-RS propõe, no âmbito do Plano de Distanciamento Controlado, a substituição do protocolo atual de operação das empresas de comércio e serviços, que determina, de modo geral, a vedação de atendimento presencial nas bandeiras vermelha e preta por um novo protocolo que, como contrapartida dessa flexibilização, utilizaria as empresas como fonte de informação sobre os casos confirmados para identificação, isolamento e testagem de prováveis casos ativos assintomáticos.

Além disso, seria criado um banco de dados que contribuiria, em um futuro próximo, para o desenho mais assertivo dos protocolos obrigatórios tanto às atividades econômicas, quanto a outras atividades. Para isso, contaria com a contribuição das empresas para o mapeamento de contatos e direcionamento de testagem, formando uma Rede de Rastreamento retroalimentada.