Agro Rural

Fatores econômicos e ambientais da silvicultura são debatidos em seminário

Evento ocorreu em São Francisco de Paula

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Profissionais ligados ao Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) participaram, recentemente, do Seminário Gaúcho de Silvicultura, em São Francisco de Paula, quando destacaram o potencial econômico e de redução de gases de efeito estufa da atividade das florestas plantadas.

“O setor é estratégico para as atividades agropecuárias e para a matriz econômica do Estado”, enfatizou o diretor do Departamento de Defesa Vegetal, Ricardo Felicetti, durante o evento promovido pelo Sindimadeira/RS e pela prefeitura de São Francisco de Paula.

Dados do Banco Central do Brasil mostram que, no Plano Safra de 2021/2022, pequenos estabelecimentos rurais no Estado financiaram cerca de R$ 86 milhões por meio da linha de Pronaf Bioeconomia voltada à silvicultura. Ao todo, 1.296 contratos foram fechados no último ano-safra, maior total entre os Estados, conforme o engenheiro florestal Jackson Brilhante, do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Seapdr.

Ele destacou que o pequeno produtor florestal gaúcho tem sido um dos grandes responsáveis por movimentar a economia florestal no Rio Grande do Sul, contribuindo inclusive com o fator ambiental. Ele relatou que uma das metas da Seapdr é demonstrar às cadeias produtivas a importância da silvicultura na mitigação de gases de efeito estufa.

No país, o Plano ABC+, que tem por finalidade a organização de ações a serem realizadas para a adoção de tecnologias de produção sustentáveis com ganhos produtivos e baixa emissão de carbono, busca reduzir 1,1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalentes até 2030. Segundo Brilhante, a implantação de 4 milhões de hectares de florestas plantadas no Brasil seria a forma de mitigar 510 milhões de toneladas de CO2, ou seja, 46% da meta nacional. “Isso ocorre porque, em média, um hectare com florestas plantadas contribui com a redução de 128 toneladas de CO2, valor bem superior a outras tecnologias, como o sistema de plantio direto e sistemas integrados”, explicou.

Também no evento se aproveitou para apresentar o Cadastro Florestal, sob gestão da Seapdr, e a integração com os produtores. Felicetti explicou que o cadastro permite a identificação de matéria-prima para a indústria, o planejamento dos plantios florestais, até a composição estratégica de redução de gases do efeito estufa em nível ambiental, permitindo a valorização dos produtos criados no Estado perante o cenário internacional.

Com informações: Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural