Esportes

Excesso de cartões amarelos e tempo de acréscimo marcam início do Brasileirão

Mudanças foram percebidas por conta das novas orientações da CBF implementadas recentemente

CARTÃO ACRÉSCIMO BRASILEIRÃO
Abel Ferreira é expulso contra o Vasco após receber o segundo amarelo (Foto: Jorge Bevilacqua/Código19/Gazeta Press)

As três primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro 2023 trouxeram mudanças em relação a arbitragem que agradaram uns e desagradaram outros. O alto número de cartões distribuídos e o elevado tempo de acréscimo deram a tônica nos primeiros 30 jogos, e as perspectivas apontam para que esses fatores sigam assim.

Nas primeiras três rodadas, 174 cartões amarelos já foram distribuídos, média de 5,8 por jogo, além de 10 cartões vermelhos, um a cada três jogos, lembrando que estes são apenas para os jogadores, porém as comissões técnicas também vem sendo punida com frequência.

Entre os treinadores, quem mais tem sido punido é o técnico Abel Ferreira, do atual campeão Palmeiras. Na primeira rodada contra o Vasco ele foi expulso ainda no primeiro tempo. Após cumprir suspensão, ele voltou na terceira rodada e já levou mais um cartão amarelo.

O zagueiro Walter Kannemann do Grêmio, conhecido por “cobrar” bastante os árbitros, levou três cartões nas primeiras três rodadas e já está suspenso.

A nova orientação aos árbitros é de diálogos curtos com os atletas e sem tolerância para as reclamações mais efusivas, seja tanto da parte dos jogadores como de integrantes da comissão técnica. O alto tempo de acréscimo visa coibir momentos de “cera”, termo utilizado para caracterizar jogadores que querem ganhar tempo ao longo do jogo.

No Sul, os técnicos da dupla Gre-Nal tem opiniões diferentes sobre as mudanças. O Tricolor Renato Portaluppi aprovou as novidades, inclusive parabenizou à CBF pelas mudanças, já o Colorado Mano Menezes desaprovou as novas medidas, sobretudo os longos acréscimos, onde não raro são vistos nove, 10, 12 minutos a mais. Segundo Mano, isso ao final de um campeonato já extenso, acarreta na “disputa” de oito partidas a mais.

A média neste princípio de campeonato é de 13 minutos e 30 segundos de acréscimo, com os dois tempos somados. Até que os atletas e as comissões se acostumem com as mudanças, ainda veremos muitos cartões amarelos e minutos de acréscimo, que devem ser tendência no Brasileirão 2023.