Militares que integraram o GIF (Gabinete da Intervenção Federal) no Rio de Janeiro, em 2018, e empresários são alvo da Operação Perfídia, deflagrada na manhã desta terça-feira (12) pela PF (Polícia Federal) para investigar supostas fraudes na verba da intervenção na segurança pública do Estado, que custou R$ 1,2 bilhão.
Ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, o general Walter Souza Braga Netto, nomeado interventor, é um dos investigados e teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça.
Os policiais cumpriram 16 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. Braga Netto não foi alvo de mandados.
A PF investiga os crimes de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção e organização criminosa na contratação da empresa americana CTU Security LLC para a aquisição de 9.360 coletes balísticos com sobre preço de R$ 4,6 milhões. O acordo acabou cancelado, e o valor, estornado.
Em fevereiro do ano passado, o governo dos Estados Unidos avisou as autoridades brasileiras sobre o possível desvio de verbas.