Comportamento

Estudo aponta que piranhas podem se espalhar por todo o sistema fluvial do RS

Foto: Divulgação
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Estudo divulgado pela Defesa Civil aponta que sete em cada 10 piranhas capturadas na bacia do Rio Jacuí, na região de Cachoeira do Sul, têm plenas condições de reprodução, o que indica a possibilidade de a espécie se espalhar por todo o sistema fluvial do Rio Grande do Sul. O relatório trata de amostras encontradas nos afluentes do Jacuí, e foi divulgado nessa quarta-feira, 22. O maior problema é que não há predador natural para as chamadas piranhas vermelhas, seja em rios ou lagos e lagoas.

Do total de 277 exemplares capturados, 73% tinham ovas, ou seja, plenas condições de reprodução, indicando o potencial de disseminação. Essa invasão traz riscos aos banhistas, sobretudo para quem tiver algum ferimento no corpo, e aumenta o desequilíbrio no ecossistema, pois elas se alimentam de outros peixes. Do total das amostras, 24% tinha mais de 20 centímetros de comprimento, o que indica o tamanho do problema.

Essa espécie é originária do Rio Uruguai. Pesquisadores especulam que os peixes tenham sido dragados pelas tubulações usadas para irrigar lavouras às margens dos rios Vacacaí e Ibicuí, onde se encontram as bacias do Uruguai e do Jacuí. Aos poucos, as piranhas foram se reproduzindo e, com comida farta, aumentando de tamanho.

O Ibama deve lançar nos próximos dias um plano de ação com iniciativas de curto, médio e longo prazo para tentar conter ou pelo menos reduzir os danos causados pela infestação.