
Espaço ampliado ao efetivo e às ambulâncias, auditório para treinamentos de qualificação e até um heliponto destinado ao transporte aeromédico. Estes são alguns dos atributos planejados pela prefeitura para a nova base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Caxias do Sul, que também abrange chamados de Bom Jesus, Farroupilha, Flores da Cunha, São Marcos e Vacaria — e, a partir de junho, de Canela, Gramado e Nova Petrópolis.
Na terça-feira (23), a Câmara de Vereadores autorizou a alienação de 11 imóveis inutilizados do município para aplicar o valor arrecadado, R$ 35,4 milhões, no custeio da construção do futuro prédio do Samu/Serra.
Hoje, o serviço funciona em um espaço limitado, junto a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central. O local concentra estacionamento para as ambulâncias e espaço para equipes e a Central de Regulação de Urgências (CRU).
Segundo a diretora da unidade, Carolina Cunha Lima, o projeto vem sendo pensado há cerca de cinco anos, quando foi identificada a necessidade de um espaço físico maior. O Samu local completa 20 anos de funcionamento em 2024.
“Não somos mais o Samu de 20 anos atrás. Crescemos, aumentos a frota, a demanda e, consequentemente, a oferta de serviço. Além disso, temos outros projetos (sendo pensados) como o aeromédico e a expansão da central de regulação (CRU), visto que atendemos ligações de várias cidades da região”, explica a profissional.
A localização da nova base ainda não foi confirmada. O projeto, de acordo com a prefeitura, está em fase final de elaboração para, na sequência, ser aberto o processo de licitação.
“Passamos por várias fases de estudo técnico preliminar, de possibilidade de aluguel, de pavilhão para comportar o tamanho do nosso Samu. E esse ano surgiu essa possibilidade de construção de uma base nova, que vai ser considerada um modelo, tanto para o Rio Grande do Sul, como também para o Brasil, nos moldes adequados e coerentes com o tamanho do Samu de Caxias do Sul”, diz Carolina Cunha Lima.
Transporte aéreo
Esta semana, em visita à Brasília, o prefeito de Caxias, Adiló Didomenico (PSDB), entregou o projeto do transporte aeromédico do Samu ao deputado federal Lucas Redecker (PSDB). A finalidade é angariar recursos nos órgãos federais ou via emendas parlamentares.
O custo, conforme a administração municipal, é de R$ 8 milhões. A modalidade assegura serviços de urgência, transportes inter-hospitalares e transporte de órgãos e tecidos para todo o Estado.
Em janeiro deste ano, a equipe do Samu caxiense realizou o transporte aéreo de forma inédita no Rio Grande do Sul. Um paciente foi conduzido de Capão da Canoa para Caxias do Sul em um helicóptero, em 30 minutos.