Nesta sexta-feira (23), o Grupo RSCOM deu segmento a série de entrevistas com os candidatos ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Assim, o sétimo a ser recebido foi Luis Carlos Heinze (PP). O principal enfoque das entrevistas são as propostas dos candidatos para as regiões metropolitanas da Serra Gaúcha e Grande Porto Alegre.
Durante a entrevista ele respondeu a perguntas sobre o que fará de diferente caso eleito, educação, privatização do Banrisul e da Corsan, melhorias para o agronegócio gaúcho, além da entrada do Rio Grande do Sul no regime de recuperação fiscal. A segurança pública e infraestrutura viária também foram pautas apresentadas.
Ainda assim, serão entrevistados todos os candidatos com representatividade na Câmara Federal, conforme determina a legislação eleitoral. O cronograma foi determinado por ordem alfabética, e também em conformidade com as agendas dos candidatos.
Entrevista com Luis Carlos Heinze
Pergunta: O que fazer de diferente sendo eleito governador do Estado do Rio Grande do Sul?
“Primeiro a educação, a evasão é muito grande dos nossos jovens. De 2019 a 2022, 115 mil jovens saíram das salas de aula das escolas estaduais. As escolas, mais de 700 escolas não foram reformadas, nós temos aí muitos problemas para resolver com as reformas das escolas, que estão péssimas em cada lugar do Rio Grande do Sul. E, uma coisa importante que estamos trabalhando também é com relação a dar no contra turno uma opção profissionalizante, nós vamos fazer um programa para que jovens em qualquer canto do Rio Grande do Sul, na menor cidade ou na maior cidade, possam ter um ensino profissionalizante, para isso nós vamos fazer parceria com o Sistema S, Senai, Sesi, Sesc, enfim. Vamos fazer parceria com as universidades e dotar o que o aluno mais gosta: a tecnologia. Isso nós vamos fazer”. (Confira a resposta completa abaixo)
Pergunta: Candidato, percebemos nos últimos anos movimentos, inclusive políticos, favoráveis a privatização de bens públicos, o senhor é favorável a essas privatizações? Citamos dois exemplos: Banrisul e Corsan.
“As contas do Banrisul, as ações do Banrisul hoje não estão valendo o que deveriam valer. Quando o Sartori era governador, um ação valia R$29,70, hoje vale R$10. O banco está desvalorizado, a lucratividade do banco em 2018 trouxe mais lucratividade do que o Bradesco, Itaú, bancos de primeira linha. Hoje, enquanto que o Bradesco e Itaú cresceram na pandemia o Banrisul está menos da metade do que tinha há três anos atrás, então é um banco que não pode ser privatizado da forma que está, tem que acreditar melhor o banco, é uma primeira opção. Da mesma forma a questão da Corsan, a Corsan hoje os valores que estão sendo colocados a venda, o patrimônio dos gaúchos e gaúchas é muito aquém do que ele vale, pega o exemplo do prefeito Pólis de Erechim, que não assinou o contrato com o governo do estado, está negociando diretamente a privatização da Corsan, da água e do esgoto em Erechim com um valor superior ao que o Estado está colocando à venda a Corsan. Eu tenho negócio empresário com o campo e não vendo patrimônio meu a preço de banana. Então, esse patrimônio Banrisul e patrimônio da Corsan estão muito mal negociados. Eu não negociaria desta forma”.
Confira a entrevista completa abaixo!