Sob tensão e em clima de guerra, presidentes, vice-presidentes e chanceleres de 14 países, entre eles o Brasil, e mais os Estados Unidos se reúnem nesta segunda-feira (25), em Bogotá, na Colômbia, para discutir o acirramento da crise na Venezuela.
O presidente da Colômbia, Iván Duque, coordena o encontro com o Grupo de Lima e o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence. Na reunião, Pence deve propor a imposição de novas sanções contra o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
O Brasil é representado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Para o governo brasileiro, é fundamental que mais países reconheçam o governo interino de Juan Guaidó como legítimo.
Quando chegou na Colômbia, Guaidó disse que não pretende abrir mão do seu objetivo de manter a ajuda humanitária para a Venezuela. “A Venezuela tem um povo que resiste e insiste em buscar a democracia e a liberdade. Anteontem vimos um crime sem precedentes: queimaram ajuda humanitária vinda de muitas partes do mundo, que generosamente a Colômbia reuniu e foi entregue a voluntários venezuelanos”, afirmou.
De acordo com a chancelaria colombiana, entre os objetivos da reunião está a aprovação de uma declaração conjunta que contribuirá para continuar criando as “condições para a liberdade e a democracia na Venezuela”.
No último domingo (24), pelo segundo dia consecutivo, houve registros de violência nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e a Bolívia. Também há informações de vítimas e deserções de militares, antes aliados a Maduro.