O saguão da Prefeitura Municipal de Garibaldi está sendo palco para a exposição “Assemblage – Traços de Garibaldi”. O projeto, que reúne retratos e histórias de garibaldenses, foi idealizado pela jornalista Priscila Boeira e pelo fotógrafo Ricardo Zeni Moreno. Conforme a jornalista, o intuito é mostrar por meio dos traços fisionômicos a ancestralidade e miscigenação de um povo que é resultado de uma fusão cultural.
“Esperamos que a exposição desperte boas lembranças e reflexões sobre o quanto somos únicos e, ao mesmo tempo, partes do todo. Contemplar nossa fisionomia é perceber o quanto somos únicos em nossa mistura”, destaca Priscila.
A apresentação conta com fotos de cinco pessoas da comunidade, que representam a mistura de italianos, portugueses, franceses, suíços, germânicos, indígenas e africanos. Em cada retrato físico há um Código QR para que o espectador possa apontar a câmera do celular e ser direcionado para a matéria perfil sobre cada participante fotografado. No site www.relatoconteudo.com.br, Instagram @relatoserragaucha e facebook.com/relatoserragaucha estão expostas mais fotografias e informações sobre os bastidores do projeto.
Financiada pela Lei federal Aldir Blanc, o objetivo é de que a exposição seja itinerante, passando por diversos pontos do município ao longo de 2021.
Assemblage
Assemblage é um termo francês utilizado no mundo das artes e do vinho. Ele é usado para designar o conceito de “mistura” e “fusão”. Assim são os garibaldenses. Esse assemblage inicia em 1875, quando chega à Colônia de Conde d’Eu – antiga Garibaldi, uma leva de imigrantes. Cerca de 40 casais e famílias suíço-francesas se instalaram nos lotes situados na Estrada Geral.
No ano seguinte, em 1876, chegaram 700 imigrantes italianos oriundos do Tirol austríaco. No município também se estabeleceram famílias luso-brasileiras e a partir dos casamentos ocorridos desde então é que a população passou a ser desenhada. Mais tarde a cidade recebeu sírio-libaneses, responsáveis por difundir o comércio.
Fotos: Felipe Vicari