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Eduardo Leite volta atrás e confirma sua pré-candidatura ao governo do RS

Coletiva de Imprensa foi realizada no início da tarde desta segunda-feira (13), na Sede do Diretório Estadual em Porto Alegre

(Foto: Internet/Reprodução)
(Foto: Internet/Reprodução)


Na tarde desta segunda-feira (13), uma Coletiva de Imprensa ocorreu na sede do Diretório Estadual, em Porto Alegre. Na ocasião, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite fez declarações a respeito de seu futuro na política como pré-candidato ao governo do Estado. A coletiva teve início às 13h, com o presidente do PSDB, deputado federal Lucas Redecker, e o governador Ranolfo Vieira Júnior.

As discussões mais importantes giraram em torno do futuro de Eduardo Leite dentro da política, o qual renunciou ao cargo de governador para uma possível candidatura à presidência. Porém, Ranolfo Vieira Júnior adiantou que Leite será pré-candidato e concorrerá, novamente, ao governo do RS pelo PSDB. A decisão foi em conformidade com o partido.

Eduardo Leite assumiu a palavra após Ranolfo, declarando sua satisfação em poder lançar, novamente, sua candidatura. Ele salientou que sua renúncia foi como uma condição, que não gostaria de ser pré-candidato sendo governador, relembrando as palavras anteriores em sua renúncia, a qual “me abre muitas possibilidades e não me retira nenhuma”.

“Com muita humildade, eu aceito novamente o desafio de liderar o projeto”, salientou Leite após anunciar sua pré-candidatura. Conforme ele, ainda não há uma chapa formada para a pré-candidatura, mas que há uma busca para complementação e diálogo com outros partidos.

A decisão deve “destravar” o atual cenário na disputa, visto que outros partidos adotaram compasso de espera para definir alianças. Esse quadro abrange não só siglas sem postulantes ao cargo, mas também aquelas que já anunciaram pré-candidato, como o MDB, com Gabriel Souza. Embora o movimento de Leite derive da aliança dos dois partidos nacionalmente pelo apoio a pré-candidatura Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência. No entanto, essa situação não será tão simples no RS. Gabriel e o presidente da sigla no Estado, Fábio Branco, firmam posição em encabeçar a disputa, embora alas do partido vejam o apoio a Leite como melhor opção, assumindo a posição de vice na chapa, com o próprio Gabriel ou outro nome da sigla.

A decisão do MDB, agora com Leite candidato, interfere também em movimentos do União Brasil (UB) e do PSD, partidos que fazem parte do governo Ranolfo. O UB, fusão do Democratas com o PSL, possui alas bolsonaristas, que tendem ao apoio ao pré-candidato do PL, Onyx Lorenzoni. Em caso de falha para um consenso do PSDB com o MDB, o partido poderia ocupar um posto mais importante na formulação da chapa, no entanto. Já o PSD busca uma chapa que potencialize a pré-candidatura de Ana Amélia Lemos ao senado. Com o Podemos, que tem Lasier Martins buscando reeleição, já aliado aos tucanos, um cenário provável é a formação de chapa com o MDB, em caso de manutenção da pré-candidatura de Gabriel Souza.