Caxias do Sul

Economia de Caxias do Sul cresce 10% no primeiro trimestre de 2024

Estatística da CIC e CDL revela que, em março, a alta foi de 4,5%. O setor que mais contribuiu foi a indústria, com mais de 5% de crescimento mensal

Foto: Denise Suzin Borges/CIC Caxias
Foto: Denise Suzin Borges/CIC Caxias

A economia de Caxias do Sul registrou crescimento no primeiro trimestre de 2024, impulsionada pelo desempenho positivo em março, quando comparado a fevereiro. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (9) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC Caxias) e pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL Caxias), apontam um crescimento mensal de 4,5% em março e trimestral de 10,6%. Ao longo dos últimos 12 meses, a economia local expandiu em 5,5%.

O setor industrial foi o grande destaque em março em relação a fevereiro, apresentando um aumento de 5,2%, seguido de perto pelos serviços, com crescimento de 4,5%. O comércio, por sua vez, viu um incremento de 2,4%.

“A economia de Caxias do Sul vinha performando bem neste início de ano. Observamos um avanço na indústria, com a massa salarial crescendo 18,3% e as vendas 3,6% em março. Apesar disso, alguns índices como utilização da capacidade instalada e horas trabalhadas se mantiveram estáveis ou apresentaram leve queda”, explica o diretor de Planejamento, Economia e Estatística da CIC Tarciano Mélo Cardoso.

Comércio exterior

O desempenho no comércio exterior também foi positivo em março sobre o mês anterior, com as exportações aumentando 8,4% e as importações, 5,8%, levando a um aumento de 112% no saldo da balança comercial. No entanto, o primeiro trimestre mostrou uma queda drástica de quase 90% no saldo da balança comercial. Nos últimos 12 meses, o saldo da balança comercial caxiense fechou com um saldo positivo de US$ 220 milhões.

Impacto do clima

A economia local enfrenta, no entanto, incertezas devido à catástrofe no Rio Grande do Sul, cujos impactos completos ainda serão sentidos. “Os dados que temos até agora não capturam os efeitos desta tragédia. Possivelmente os levantamentos de abril e maio irão refletir mais claramente o impacto desta crise”, disse Cardoso.

Maria Carolina Gullo, diretora de Planejamento, Economia e Estatística da CIC Caxias, expressou preocupação com as adversidades enfrentadas pela economia.

“Estávamos bastante otimistas com nossa economia, mas nenhum modelo matemático ou econométrico pode prever um desastre desta magnitude, que altera completamente todas as projeções para o ano. Podemos enfrentar desorganização semelhante à observada durante a pandemia, o que certamente causará desequilíbrio nos preços e alguma falta de produtos”, concluiu Gullo.

As lideranças empresariais locais estão mobilizadas para mitigar os efeitos da tragédia. Celestino Oscar Loro, presidente da CIC Caxias, destacou que o Estrado vive um momento de extrema excepcionalidade.

“A entidade está fazendo um esforço enorme para buscar um mínimo de segurança para o mercado. O governo federal precisa regrar de forma sensata e equilibrada os efeitos que vão acontecer no mercado de trabalho em função da crise, principalmente para garantir estabilidade às empresas duramente afetadas e seus empregados. Precisamos ter consciência que têm empresas fechadas, tem trabalhador ilhado, tem fornecedor que não está recebendo”, afirmou Loro.

O presidente da CIC Caxias também detalhou esse plano de ação em que as entidades empresariais locais definiram cinco pilares de maior urgência para enfrentar os desdobramentos da crise, que incluem restabelecer as conexões rodoviárias para o transporte de ajuda humanitária, suprimentos, mercadorias e matérias-primas e suporte financeiro e segurança jurídica às empresas e trabalhadores afetados, entre outras medidas.

*Via – Assessoria de Comunicação da CIC Caxias