Caxias do Sul

Dissídio dos metalúrgicos de Caxias pode ser definido neste fim de semana

Dissídio dos metalúrgicos de Caxias pode ser definido neste fim de semana

A sétima rodada de negociação entre o Sindicato dos Metalúrgicos e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs) enfim apresentou um pequeno avanço. No fim do encontro, realizado nesta quarta-feira, dia 25, as entidades definiriam que o Simecs deve apresentar uma nova proposta para ser apreciada pelos metalúrgicos em uma assembleia no próximo sábado, dia 28.

Conforme o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Claudecir Monsani, o índice de 2% apresentado inicialmente pelo sindicato patronal não será aceito pela categoria. Outros pontos em discussão ainda tratam das cláusulas sociais e horas extras. “Eles sabem que a gente não vai defender um índice desses. A gente tem dito desde o início. Também tem a questão da gestante e das cláusulas sociais, que ainda precisa evoluir”, afirma Monsani.

(Foto: Ricardo de Souza/Grupo RSCOM)

Monsani também lembra os números de recuperação apresentados pela indústria, que apresentou um desempenho 25% melhor nos primeiros quatro meses desse ano em relação a 2017. “Os caras vêm na mesa de negociação e diz que vão quebrar se der mais que 2% de aumento. Não queremos causar ilusão na categoria, mas não dá para aceitar esse tipo de posicionamento. Eles precisam evoluir no número e entender que existem pessoas do outro lado”, defende.

Já o presidente do Simecs, Reomar Slaviero, destaca que houve um avanço considerável na negociação das cláusulas sociais. “Acertamos as pautas e eu acho importante a manutenção das cláusulas sociais, que favorecem o trabalhador. Eu acho que só mantendo isso já seria uma grande vitória para a categoria. Temos feito algumas reivindicações, mas em nenhum momento para prejudicar o trabalhador, ao contrário, favorecer a geração de novos postos de trabalho e uma melhora no ambiente de trabalho”, afirma.

O presidente da entidade patronal diz, ainda, que o Simecs vai melhorar o índice. Ele acredita que o acordo está próximo. “A gente está demonstrando interesse em melhorar um pouco o índice. Então acho que tem tudo pra fechar o dissídio esse ano tranquilamente”, finaliza Slaviero.

Se o dissídio não ficar definido até a assembleia do próximo sábado, a tendência é de que o acordo coletivo seja discutido na justiça. A data base para a negociação é 1º de junho. Mas, na convenção de 2017, há uma cláusula que faz valer o acordo coletivo valer até 30 de setembro.