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Dia Nacional do Livro: confira como está a realidade dos profissionais da área

Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação

Em alusão ao Dia do Livro, comemorado neste dia 29 de outubro, o Portal Leouve realizou uma série de reportagens, nesta semana envolvendo o livro. Primeiro, falamos sobre a inserção do livro na educação infantil, com dicas da pediatra Dra. Renata Bainy, que explicou um pouco mais sobre os benefícios da leitura para a criança. Após a fundadora do Instituto Taru, Jaqueline Pivotto, comentou sobre a importância do reaproveitamento e das doações de livros.

De acordo com a a 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada pela Agência Brasil no dia 11 de setembro deste ano, o brasileiro lê, em média,  cinco livros por ano, sendo aproximadamente 2,4 livros lidos apenas em parte e, 2,5, inteiros. A Bíblia é apontada como o tipo de livro mais lido pelos entrevistados e também como o mais marcante.

Neste Dia do Livro, não podemos deixar de homenagear uma das principais peças deste quebra-cabeça, o escritor. A profissão é responsável por criar e colocar toda a magia das histórias em um papel. Este processo leva tempo, dedicação, esforço e muitas vezes expectativas frustadas, mas também permite um sentimento de satisfação assim que o livro está pronto.

Em conversa com a escritora caxiense Juliana Barbosa, descobrimos como é a profissão em nosso país. Juliana esclarece sobre os desafios de ser uma escritora. “Acho que o maior desafio é a baixa porcentagem de leitores, somos um país que ocupa a vigésima sétima posição no ranking mundial de leitores. É claro que isso reflete diretamente no mercado literário e em outras questões culturais”, relata. De 2015 para 2019, a porcentagem de leitores no Brasil caiu de 56% para 52%, segundo a pesquisa Retratos. Contudo, Juliana conta que a tecnologia veio para favorecer o trabalho dos profissionais, além de facilitar o acesso dos leitores.

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A escritora conta que “hoje é possível publicar um livro na Amazon, que é a maior plataforma digital que temos acesso, por um custo muito baixo. A plataforma é gratuita e o custo se dá apenas para os processos editoriais, como capa, revisão e diagramação. Esse baixo custo atrai os leitores pelo valor final, que fica dentro da nossa realidade de consumo, mas também pela facilidade em ler os livros por vários dispositivos eletrônicos”.

Juliana Barbosa afirma que é possível viver como escritora no Brasil, mas pra isso precisa ter boas estratégias de marketing. ” Minha dica é se preocupar com a qualidade, mesmo que seu livro não precise ser aprovado por grandes críticos, é importante você ser seu maior crítico e entregar um livro com qualidade. Outra coisa muito importante é entender o público consumidor dessa plataforma e aderir o nicho que mais vende”, reforça. Juliana conta também que hoje, depois de um ano e três meses desde que publicou seu primeiro livro, ela já ganhou mais do que quando trabalhava como supervisora em uma empresa de médio porte.

Indiferente se você prefere o impresso ou o digital, o importante é que você leia bons livros, que permitam manter a sua mente ativa.