O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou as oito mudanças propostas no texto da reforma da Previdência nesta quarta-feira (07). As alterações poderiam reduzir à metade a economia de R$ 933,5 bilhões esperada em dez anos com as novas regras para se aposentar no Brasil.
Mais duas alterações ainda seriam avaliadas pelos deputados. O texto da Previdência segue para ser avalizado pelo Senado Federal em dois turnos.
A maior apreensão do governo era com um destaque apresentado pelo PCdoB para vincular novamente o valor das pensões por morte ao salário mínimo (hoje em R$ 998), contrariando a proposta da equipe econômica.
No entanto, a Câmara acabou dando aval para que as pensões por morte fiquem abaixo de um salário mínimo, caso o beneficiário tenha outra renda formal igual ou superior ao piso nacional.
Com o fim da análise no texto na Câmara, a reforma segue para o Senado. Todos os destaques com mudanças nas regras de aposentadorias e pensões foram rejeitados.
Maia afirmou que “o resultado foi muito positivo”. “Acho que, no segundo turno [com] uma conscientização maior dos destaques, a matéria sai com uma ótima economia”, afirmou.
Ao final da votação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve no plenário para cumprimentar Maia.
“Estou muito satisfeito e vim aqui cumprimentar o excelente trabalho da Câmara. Agradecer a aprovação da reforma, agradecer o excelente trabalho de coordenação pelo presidente Rodrigo Maia”, disse.
Guedes afirmou ainda ter “a melhor expectativa possível” em relação à votação no Senado.
Fonte: Estadão