O Teatro Municipal Pedro Parenti recebe nos dias 20 e 21 de abril, às 19h30min, o Coro Municipal de Caxias do Sul, que apresentará o concerto “Afrika Takatifu”. Os ingressos já estão disponíveis na Casa da Cultura Percy Vargas de Abreu e Lima, e podem ser retirados de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. O valor é de R$10,00 ou um quilo de alimento não perecível.
O concerto será dividido em dois momentos, no primeiro ato serão abordadas temáticas como diversão e trabalho, contrastando entre os jogos que as crianças brincavam e as árduas jornadas de trabalho que o continente foi forçado a ter a partir das colonizações europeias e norte-americanas. As obras transitam pela África do Sul, Zimbábue e Botsuana, trazendo composições locais ou estrangeiras. O Coro Municipal vai apresentar as músicas em seus idiomas de origem, como Nguni, Zulu, Venḓa e Xhosa. O repertório traz canções como Shosholoza, Amavolovolo, Bhombela, Nda Wana e Iza Ngomso.
Já no segundo ato, é onde surge a origem do nome “Afrika Takatifu”, que é traduzido do Suaíli para “A Sacra África”. O continente africano foi o segundo lugar no mundo onde o cristianismo foi estabelecido, diante isso, serão homenageados diversos compositores que trazem em suas obras admiração pelas religiões de matrizes africanas, pois a África possui inúmeras crenças, religiões e práticas religiosas, nas quais as mensagens valem para todos os tipos de fé. Serão cantados os idiomas Zulu, Xhosa, Sesotho, Bemba e Suaíli. As canções que farão parte deste repertório são: Jerusalema, Bonse Aba, Siyahamba, Baba Yetu, Hlonolofatsa, Tshela Moya – Ke nna yo Morena e Ukuthula.
Sob a regência do maestro Artur Stockmans Teixeira, o Coro Municipal de Caxias do Sul é composto por 31 cantores. A preparação vocal fica por conta de Ricardo Barpp, o acompanhamento no piano será com Gislaine Nicola, e na percussão, Miraci Jardim. A iluminação ficará a cargo de Sigrid Nora, a operação com Adelmir Matana, e os figurinos com Paula Giusto.
“O Coro quer trazer para o público uma perspectiva nova do continente africano, que muitas vezes passa despercebido. Também traz um pouco da questão sacra no concerto africano, não para categorizar o continente como cristão, muçulmano, ou judeu, mas sim como um continente que abrange diversos números de crenças, de religiões e de práticas religiosas. É muito importante também trazer este lado e mostrar que não somos nós cá e eles lá, mas sim que somos um só. O concerto tem a importância de trazer esse olhar que a gente raramente tem ou, enfim, que raramente é mostrado para nós”, ressalta o maestro do Coro Municipal, Artur Stockmans Teixeira.