O uso de fogos de artifício é considerado tradição na virada do ano, mas a prática requer alguns cuidados para evitar que acidentes graves aconteçam. Nos últimos anos esta prática esteve em evidência por conta dos possíveis transtornos que podem levar a pessoas com deficiência e também aos animais que ficam agitados.
Em conversa com Rodrigo Moraes, Comandante do Corpo de Bombeiros de Farroupilha, foram passadas algumas orientações sobre esta prática para aqueles que já garantiram os fogos de final de ano.
“Com o passar do tempo eu tenho impressão de que as pessoas tem tido mais conscientização em relação aos fogos de artifício e tenho a sensação de que vem diminuindo o emprego destes artefatos, principalmente nas datas de final de ano, mas não tem como a gente falar de fogos de artifício e final de ano sem remeter que normalmente, para essas datas, as pessoas misturam, fazem a ingestão de bebidas alcoólicas e usam os fogos de artifício, uma combinação que tem tudo para não dar certo”
Ele também passou algumas orientações para aqueles que já garantiram os objetos:
“Se a pessoa for utilizar os fogos de artifício e não estiver sob o feito de álcool, pois isso faz com que ela perca o senso, a noção do risco e a pessoa se coloca nessa situação de potencializar os riscos que estes materiais oferecem e sempre orientamos a seguir as orientações do fabricante que tem na própria embalagem”, disse ele.
Moraes também deu a orientação de que quando forem acionados os artefatos, tenha-se um afastamento em relação as próprias pessoas que estão em volta, outra dica é comprar aqueles fogos que não sejam necessários manusear utilizando as mãos, pois isso potencializa os riscos mas sim aqueles que vem com uma bateria, no qual vem acompanhado de uma base, sendo mais seguro.
Em caso de acidentes a recomendação é de não passar nenhum tipo de produto no local e ligar para o Corpo de Bombeiros através do número 193.
Para aquelas pessoas que sofrem com alguma deficiência, o acionamento destes artefatos faz com que os estímulos gerados pelos ruídos ative uma hipersensibilidade que os portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem, em função de receber todos os barulhos de uma vez.
Pessoas idosas ou que tenham emoções mais afloradas, a queima destes fogos também pode ser um grande problema.
Já quando o assunto é os animais de estimação, este efeito colateral do espetáculo de luzes no céu e o barulho provocado pelas explosões pode ocasionar alterações no ciclo reprodutor de animais silvestres (não domesticados) ou até a morte.
Por outro lado, os animais (cães e gatos) que convivem em núcleos familiares, dentro ou fora de casa, podem morrer do coração, se enforcar nas correntes ou tentando passar por grades, além existir o risco deles fugirem e nunca mais serem encontrados.
Algumas dicas são não deixar os bichinhos acorrentados, evite deixar muitos cães juntos, pois excitados pelo barulho, podem brigar até a morte, dar alimentos leves, pois distúrbios estomacais provocados pelo pânico levam à morte, identificar seus animais com placas na coleira para o caso de fuga são alguns dos cuidados que podem ser tomados.
Lembrando que soltar fogos de artifícios com ruídos no Rio Grande do Sul é proibido segundo a Lei Estadual nº 15.887/2022.