A celebração de Corpus Christi além de ser um dos maiores eventos religiosos de Flores da Cunha também vem sendo ao longo dos anos um atrativo turístico. Milhares de pessoas passam pelo município no intuito de agraciar a arte da comunidade florense.
Neste ano a reportagem do Portal Leouve acompanhou de perto a confecção dos desenhos, bem como o processo de coloração da serragem.
Uma parte dela vem de uma doação do município de São Francisco de Paula devido a madeira ser somente de pinus, tendo assim uma uniformidade na cor e no produto, por não ter mistura de madeiras. Atingindo assim, com a anilina, a cor mais próxima da real em que se necessita. Foram doados cerca de 80m³ de serragem, um número considerável em comparação aos outros anos, devido à quantidade maior de tapetes. Outra parte vem da madeireira do Distrito de Otávio Rocha e é utilizada para a base dos tapetes.
A tinta usada para dar vida a serragem é especial para madeiras e ela vem do estado de São Paulo, feita exclusivamente para o evento.
Processo de coloração da serragem:
Os caminhões descarregam a serragem que passa por um processo de peneira, para que sujeiras e pedaços maiores de madeira sejam retirados. Tonéis com água, são aquecidos em alta temperatura, para que a tinta possa aderir na serragem com mais facilidade.
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Não é possível fazer todas as cores devido a coloração natural da serragem que misturada à tinta, pode formar uma cor diferente.
Após o processo de coloração da serragem, ela é separada em montes para a escoação da água, sendo posteriormente embalada em sacos. Cerca de 1.280 sacos serão disponibilizados para a confecção dos tapetes.
Na quarta-feira (15), será feita a entrega, onde caminhões saem do pavilhão de pintura, localizado em Otávio Rocha, entregando os sacos na praça do próprio distrito e também na praça de Flores da Cunha. Cada entidade receberá o seu kit com as cores e a quantidade de sacos solicitada, que ficarão dispostos onde seu tapete será confeccionado.
Marlene Andrade está na coordenação da pintura da serragem a cerca de 10 anos. E explica que todo ano muda as pessoas que ajudam. “Sou sempre eu que coordeno, mas as pessoas que ajudam todos os anos são novas, a não ser o Batista que está conosco há 3 anos, então ele te bastante prática. Mas normalmente temos que ensinar tudo de novo, todos os anos para as pessoas que começam”.
Marlene também ressalta o quão gratificante é fazer parte desse trabalho. “A gente sabe que é cansativo, é puxado, ainda mais agora no inverno que chove e é frio. Mas o evento além de trazer bastante turistas para o município é a representação de Cristo, da união da comunidade em prol de fazer os tapetes, de deixar a cidade bonita para os visitantes, é bem interessante e bem gratificante mesmo”.
