A previsão do Poder Executivo de Caxias do Sul é otimista para as próximas três décadas no que diz respeito à economia. São esperados cerca de R$ 1.6 bilhão em investimentos com a concretização de concessões e/ou parcerias público privadas (PPPs) no período. Sendo que deste montante, cerca de R$1 bi devem ocorrer nos primeiros sete anos.
Atualmente dois projetos estão em estado avançados e próximos da execução. As parcerias público privadas da iluminação e também dos relógios já se encontram no Tribunal de Contas, e devem retornar à prefeitura até fevereiro de 2023, para que até o final da atual gestão, em dezembro de 2024, estejam prontas e operando.
“Os municípios têm menos recursos para investir nas áreas prioritárias. E obviamente quando isso acontece você acaba tendo que escolher áreas que são importantes para a população em detrimento de outros, e isso não é bom”, destacou o secretário de parcerias estratégicas Maurício Batista.
Conforme ele, a busca por concessões e também por parcerias beneficia as contas públicas, uma vez que alivia os cofres e garante melhor gerenciamento dos recursos. Sendo assim uma forma de desenvolver a economia local, principalmente com a geração de novos empregos na cidade.
“Só por isso a PPP ou a concessão já são vantajosas. Se cria toda uma rede de desenvolvimento no entorno destes contratos que venha a fortalecer a indústria, o serviço, o comércio, e aí vem o crescimento econômico”.
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Concessões e parcerias para os próximos anos
A pasta de parcerias estratégicas foi criada em março de 2022, desde então, modelos de gestão de espaços públicos tem se intensificado na cidade. Além da iluminação e relógios, recentemente iniciaram estudos para PPP da educação e também um consórcio de municípios da Serra Gaúcha assinou contrato que visa a gestão de resíduos sólidos.
Do mesmo modo, a administração pública busca investimentos para o Parque Nacional da Festa da Uva, que na visão de Maurício Batista precisa ter mais do que dois eventos anuais. “Que ele seja um novo centro de turismo e que tenhamos atividades o ano inteiro”.
Somam-se também a ocupação da Maesa, que há anos é um desejo da população caxiense, bem como novos investimentos na Estação Férrea. “O município não tem recursos para fazer o restauro da Maesa, então nós vamos buscar uma concessão ou parceria público privada para isso. Estamos concluindo os estudos agora em dezembro e imaginamos em fevereiro submetê-los a consulta pública”, disse o secretário. A perspectiva é que se torne “um grande centro multicultural”, com lazer, cultura, gastronomia e centro de negócios.
A ideia é que o edital seja publicado em 2023, com início das obras e ocupação até 2024. Algo ressaltado é que a Maesa não deixará de ser pública e não haverá “cobrança de ingressos” para ingressar no local. A movimentação econômica, com escritórios comerciais, auxiliará a subsidiar o espaço.
