Opinião

Como não votar para senador

Como não votar para senador


É claro que é cedo pra se falar na renovação do Senado Federal que acontece em outubro do próximo ano. Duas cadeiras no Rio Grande do Sul, dois terços do senado serão renovados. Em jogo os mandatos dos senadores Ana Amélia e Paulo Paim.

São duas propostas opostas e antagônicas que podem até pensar e lutar juntos pelo Rio Grande e suas demandas locais, ou seja de interesse pelo desenvolvimento regional, mas cuja defesa de teses para o Brasil, de reformas legais, são absolutamente antagônicas. As questões em debate no país hoje, em especial a das reformas trabalhista e previdenciária chamam a atenção e acentuam estas diferenças.

Claro que não apenas os dois nomes estarão ao dispor dos eleitores, mas se efetivamente ambos vierem a concorrer, saem na frente em relação à preferência do eleitorado. Nomes como o da ex-presidente Dilma Rousseff, do ex-governador Germano Rigotto e do deputado democrata Onix Lorenzoni, para ficarmos em apenas alguns dos mais lembrados, poderão embaralhar esta métrica.

O importante é que o eleitor comece a pesar desde já qual será a contribuição capaz de trazer cada um destes personagens. O eleitor deve saber se as teses por eles defendidas são as que deseja ver implementadas no seu dia a dia e no futuro da Nação.

Mesmo que as atribuições do Senado não sejam tão comezinhas como as dos deputados, ainda assim nunca esteve tão fácil ao eleitor comum entender que pela Câmara Alta passam mudanças constitucionais que interferem sim na vida do cidadão. Por isso, menos ainda se admite o voto sem se saber exatamente qual será a extensão de sua consequência.

Não basta escolher um senador por que ele entrou diariamente no seu lar comentando ou apresentando programa de TV. Talvez não seja só isto, mas é muito graças a isto, esta ilusória intimidade, que Ana Amélia e Lasier nos representam. Mas era isto mesmo que os gaúchos queriam?