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Com bloqueios removidos, BR-470 entre Bento Gonçalves e Veranópolis não tem previsão de liberação do trânsito

Com custo estimado em R$500 milhões para recuperação, obras devem durar meses e contemplar a construção de viadutos e contenções

Com bloqueios removidos, BR-470 entre Bento Gonçalves e Veranópolis não tem previsão de liberação do trânsito
Foto: Reprodução

Ao fim da última semana, todos os pontos de bloqueios na BR-470, entre Bento Gonçalves e Veranópolis, foram removidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Contudo, apesar das remoções, o trânsito na região segue bloqueado e não tem previsão de liberação.

Na quinta-feira (16), o último bloqueio na cabeceira da Ponte dos Arcos foi desobstruído. Foram 16 dias de trabalho intenso, com cerca de 100 homens, para realizar a desobstrução de um dos pontos mais críticos das estradas federais no Estado. Cerca de 45 deslizamentos de terra foram registrados na rodovia entre os dois municípios e sete pessoas morreram na região.

A recuperação da estrada é estimada em cerca de R$500 milhões e deve durar vários meses. O Ministério dos Transportes liberou R$12 bilhões para a recuperação das rodovias gaúchas atingidas pelas chuvas. Deste montante, cerca de R$1,2 bilhão deve ser utilizado pelo Dnit. Na quarta-feira (15) o ministro dos Transportes, Renan Filho, esteve na BR-470 para averiguar os estragos causados pelas fortes chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas.

Anteprojetos já estão sendo desenvolvidos e a próxima fase é a contratação de empresas no formato emergencial. A previsão é que a obra seja divida em lotes, com os trabalhos ocorrendo ao mesmo tempo. A construção de contenções e viadutos devem fazer parte do complexo projeto de recuperação. Além disso, uma das possibilidades trabalhadas é que a rodovia possa se liberada, inicialmente, para veículos menores antes da conclusão total da obra.

A via é a principal ligação entre Bento e Veranópolis. Além disso, em uma das rotas alternativas na região, a ponte que liga Cotiporã a Bento Gonçalves, pela ERS-431, teve 70% da estrutura levada pela força do Rio das Antas,

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