A polícia civil concluiu nesta quinta-feira (02), o inquérito policial que apurou a morte do menino Rafael Matheus Winkes, de 11 anos, na cidade de Planalto, município da região Norte do Estado. Um farto material probatório compõe o inquérito que possui quatro volumes e cinco anexos. Também fazem parte da documentação que será remetida a justiça, o laudo de mais de 30 perícias realizadas ao longo da investigação.
Alexandra Duogokenski foi indiciada por homicídio qualificado. As qualificadoras são por motivo fútil, asfixia e impossibilidade de defesa. Alexandra também é acusada de falsidade ideológica e ocultação de cadáver.
Durante a investigação a polícia teve acesso ao celular de Alexandra que foi periciado e com base nos laudos provenientes das perícias foi comprovado que no dia da morte de Rafael, Alexandra assistiu vídeos pornográficos onde apareciam cenas de sexo com violência e estupro, onde as mulheres eram asfixiadas e estranguladas. No celular também haviam fotos com cenas de sexo onde mulheres eram amarradas com cordas durante o ato sexual.
Alexandra também fez pesquisas na internet sobre o “boa noite cinderela” uma droga que deixa as pessoas inconscientes. A mulher ainda realizou compras na internet momentos antes de matar o filho.
A perícia do IGP constatou que a dose de Diazepan ministrada ao menino não seria suficiente para matar a criança e que a morte inevitavelmente foi causada pela corda tracionada no pescoço de Rafael.
No último depoimento, Alexandra disse que após ministrar o medicamento ao garoto, foi para o seu quarto e entre 3 e 4 horas da manhã achou que Rafael ainda estaria acordado. “Peguei a corda, preparei o laço e fiz o que fiz” disse a mãe aos policiais.
A polícia solicitou a justiça a prisão preventiva de Alexandra. Após remessa do inquérito ao Ministério Público o órgão tem cinco dias para acatar ou não a denúncia e remeter a justiça.
Alexandra deverá ir a juri popular e sua pena poderá chegar a 38 anos de reclusão.
Fonte: Infoco RS