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Câmara dos deputados dos EUA aprova abertura de impeachment contra Biden

Acusações envolvendo Hunter Biden elevam tensões políticas em Washington

Câmara dos deputados dos EUA aprova abertura de impeachment contra Biden l Foto: REUTERS/Tom Brenner
Câmara dos deputados dos EUA aprova abertura de impeachment contra Biden l Foto: REUTERS/Tom Brenner

Na quarta-feira (13), a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos deu sinal verde para a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Joe Biden. O Partido Republicano, que está na oposição, mobilizou-se na tentativa de formalizar o pedido de afastamento de Biden antes do início do recesso parlamentar em 14 de dezembro.

As suspeitas centraram-se nos negócios do filho do presidente, Hunter Biden, que enfrenta um processo criminal por sonegação de impostos e evasão fiscal no período de 2016 a 2019, quando ocupava cargos em conselhos de administração de empresas na Ucrânia e na China.

Há quase um ano, desde que os republicanos assumiram a maioria na Câmara, eles têm tentado coletar evidências para fundamentar um processo contra o presidente Biden, alegando tráfico de influência em favor do filho e supostos benefícios financeiros derivados dos negócios de Hunter. No entanto, até o momento, não apresentaram provas substanciais.

Na quarta, Hunter Biden compareceu ao Congresso e ofereceu-se para prestar depoimento em uma sessão pública, contrariando a proposta de uma audiência a portas fechadas, conforme solicitado pela oposição. Ele acusou os parlamentares de distorcerem e manipularem documentos e depoimentos, negando qualquer envolvimento do pai em seus negócios.

A abertura do processo de impeachment foi aprovada pouco depois das 20h, horário de Brasília, com todos os 221 deputados republicanos votando a favor e 212 democratas votando contra.

Nenhum presidente dos Estados Unidos nunca foi destituído do cargo. Antes, o Congresso já havia conduzido quatro julgamentos:

  • Presidente Andrew Johnson, em 1868, por demitir um secretário de gabinete sem o consentimento do Congresso;
  • Presidente Bill Clinton, em 1998, por perjúrio e obstrução de Justiça;
  • Presidente Trump, em 2020, por abuso de poder e obstrução do Congresso.
  • Presidente Trump, em 2021, por incitar uma insurreição de apoiadores contra o Congresso.

Todos foram absolvidos e permaneceram no poder. No caso do segundo julgamento de Trump, o republicano já não estava no poder quando foi absolvido. Caso fosse condenado, ele poderia ter perdido os direitos políticos.