Caxias do Sul

Câmara de vereadores de Caxias aprova substitutivo ao projeto do Plano Diretor

Câmara de vereadores de Caxias aprova substitutivo ao projeto do Plano Diretor Câmara de vereadores de Caxias aprova substitutivo ao projeto do Plano Diretor Câmara de vereadores de Caxias aprova substitutivo ao projeto do Plano Diretor Câmara de vereadores de Caxias aprova substitutivo ao projeto do Plano Diretor
(foto: divulgação)
(foto: divulgação)

A maioria dos parlamentares (20X1) aprovou, na plenária desta quarta-feira (18), o substitutivo (SB-1/2019) ao projeto de lei complementar (PLC) 52/2017, que busca instituir o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) do Município de Caxias do Sul. Protocolado pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação (CDUTH) da Câmara, a proposta segue, agora, para sanção ou veto do prefeito Daniel Guerra/Republicanos.

A apreciação da matéria, que recebeu duas emendas modificativas, ocorreu em sessão extraordinária e durou cerca de três horas e meia. Num primeiro momento, houve votação e acolhimento unânime das emendas.

Uma delas corrige um problema de impressão de um dos anexos. A outra modifica trecho do artigo 195 e foi elaborada a partir de um pedido do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Entre outros pontos, busca garantir o trânsito de ônibus e a livre passagem da comunidade pela Cidade Universitária. Manifestaram-se favoráveis a essas emendas os vereadores Denise Pessôa (PT), Edio Elói Frizzo (PSB), Kiko Girardi (PSD) e Renato Oliveira (PCdoB).

Na sequência, o presidente da Câmara, parlamentar Flavio Cassina (PTB), abriu espaço para apresentação de destaques ao substitutivo – destaque é o ato de separar uma parte do texto de uma proposição para possibilitar sua votação em separado. O único vereador a apresentar seis destaques a itens distintos da matéria foi o líder de governo na Casa, o republicano Renato Nunes. A maioria do plenário, entretanto, optou pela permanência da redação original do substitutivo da CDUTH. Três dos destaques sequer foram admitidos.

Um dos destaques pretendia modificar o artigo 30, no item que trata de ações de “desenvolvimento turístico e econômico, em parceria com os municípios que compõem a Região Turística da Uva e Vinho”. Na visão de Nunes, esse trecho precisaria ser revisto, na medida em que, agora, a cidade integra a região das Hortênsias, segundo classificação do Ministério do Turismo. “Se ainda fosse Região da Serra Gaúcha, estaria legal, mas não da Uva e do Vinho, quando Caxias, hoje, está na Região das Hortênsias”, argumentou o republicano.

Em contrapartida a esse destaque, o vereador Gustavo Toigo (PDT) defendeu a integração e a parceria de Caxias do Sul com municípios produtores de uva e vinho, como Nova Pádua e Santa Tereza. Também se colocaram solidários à posição de Toigo os parlamentares Adiló Didomenico (PTB), Denise Pessôa (PT), Edio Elói Frizzo (PSB), Gladis Frizzo (MDB), Paulo Périco (MDB) e Velocino Uez (PDT).

A parlamentar Denise Pessôa (PT) destacou a relevância de o texto reduzir alguns trechos do perímetro urbano que tinham sido transformados de rural para urbano a partir do plano de 2007, causando dificuldades de pagamento de impostos por parte dos agricultores atingidos. Inclusive, na plateia, marcaram presença produtores rurais de regiões como Monte Bérico e São Giácomo, além de dirigentes de sindicatos da categoria. Também acompanharam a votação o titular da Secretaria Municipal do Planejamento, Fernando Mondadori, e equipe técnica da pasta.

O PDDI é o instrumento integrador do Sistema de Planejamento Municipal (SPM), contemplando as políticas estratégicas setoriais, os planos distritais e a gestão territorial local. Entre as mudanças propostas pelo substitutivo aprovado, constam: a previsão do Plano de Pedestrianização e Calçadas (que valoriza os pedestres); e a criação da Zona de Corredor de Desenvolvimento, constituídas pelas vias principais de ligação BR-116, RS-122, RS-453 e da diretriz prevista denominada Contorno Sul, integrante do terceiro anel viário.

Agora, o substitutivo vai para a mesa do chefe de executivo sancionar ou não a matéria.