A Brigada Militar, após investigação interna, decidiu pelo afastamento de um PM suspeito de acobertar o trabalho análogo à escravidão ao qual foram submetidas mais de 200 pessoas em Bento Gonçalves. Os trabalhadores o identificaram como chefe de segurança da pousada em que ficaram alojados.
Segundo depoimentos dos safristas, o homem que comandava os espancamentos e atua no 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º Bpat), em Bento Gonçalves. Com ingresso na corporação em 2009, ele chegou a receber homenagem por serviços prestados à comunidade em 2021.
O policial militar é investigado por tortura e por, supostamente, atuar como segurança privado para a pousada e para a empresa que contratou os trabalhadores. Em relatos para o portal Leouve, safristas afirmaram terem sofrido choques, espancamentos e ameaças durante a estadia em Bento Gonçalves.
O PM foi afastado do patrulhamento nas ruas e colocado em serviço interno. Há, entretanto, a possibilidade de que seja agregado, isto é, afastado de toda e qualquer atividade militar até o final do inquérito aberto pela BM.
O órgão chegou a pedir a prisão preventiva do policial, mas o juiz que atua no caso declinou da competência para apreciar o pedido. A justificativa é de que o envolvimento do soldado com trabalho análogo à escravidão deve ser analisado pela Justiça Federal.