Bento Gonçalves

Bento Gonçalves mais do que dobra os Crimes Violentos Letais Intencionais no primeiro semestre

Foram 21 ocorrências em 2023, ante 9 no mesmo período do ano passado

O corpo da vítima estava em uma escadaria om diversas marcas de tiros, no birro Zatt.
Homem foi morto no último dia 19, no bairro Zatt (Foto: Leon Sanguiné/Grupo RSCOM)

Bento Gonçalves registrou, no primeiro semestre de 2023, aumento em importantes índices criminais, na comparação com o mesmo período do ano passado. A Capital do Vinho viu, por exemplo, os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) subirem de 9 nos primeiros seis meses de 2022 para 21 no mesmo intervalo deste ano. Os dados foram apresentados na quarta-feira (5), pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP).

Além das mortes violentas, Bento Gonçalves computou leve aumento nos crimes envolvendo o tráfico de drogas: foram 85 no primeiro semestre de 2022 e no mesmo período de 2023 foram 91. Outra crescente se deu nos furtos e roubos, que passaram de 634 para 675.

Por outro lado, os delitos relacionados às armas e munições apresentaram pequena queda: de 33 nos primeiros seis meses de 2022, para 30 no primeiro semestre de 2023. Também apresentaram redução os furtos e roubos de veículos: de 64 no ano passado, para 51 em 2023.

Contudo, na a visão do Secretário de Segurança Pública de Bento Gonçalves, Tenente-Coronel Paulo César de Carvalho, não há exatamente uma motivação específica para o aumento dos CVLI.

Temos casos já solucionados pela Polícia Civil, onde no decorrer dos inquéritos policiais houve motivações por tráfico de drogas. Outros ainda estão sendo investigados. importante salientar que ainda estamos distante do pico da série histórica dos CVLIs em Bento Gonçalves”, disse. Carvalho entende como perceptível “a sensação de segurança e de um bom ambiente social em nosso município.”

Tráfico de drogas como raiz do problema

O Secretário elenca, por fim, o trafico de drogas como o principal gargalo da segurança pública em Bento Gonçalves. Reflexo de problema também latente nas esferas estadual e nacional.

“Com atributos de segurança difusa em praças, logradouros, vias e prédios público,s deve-se combater a circulação e uso de drogas. E assim, minimizar o potencial do comércio destes narcóticos, agindo no final desta cadeia e conscientizando os usuários dos efeitos danosos a saúde”, afirma.

Desde o início do ano, o patrulhamento em pontos estratégicos resultou em 164 prisões em flagrante, sendo 62 por posse de entorpecentes, 35 por crimes contra o patrimônio e 10 atos tipificados como tráfico de drogas, além de porte ilegal de armas de fogo e intervenção em crimes de ameaça.