Bento Gonçalves

Bento Gonçalves atinge 51 focos do mosquito da dengue neste ano

Agentes de combate a endemias reforçam combate contra o aedes aegypti

Imagem: Rodrigo De Marco/Divulgação
Imagem: Rodrigo De Marco/Divulgação

Somente neste início de ano de 2022 já foram detectados em Bento Gonçalves 51 focos do aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Ao longo de todo o ano de 2021, foram encontrados 76 focos. Agentes de endemias do município tem realizado um trabalho intenso no combate ao mosquito. Espaços públicos, residências, empresas, dentre outros locais com possíveis criadouros, tem sido o foco dos agentes, que realizam aproximadamente mil visitas semanais.

O agente de combate à endemias, Dener Salvador, comentou sobre os cuidados necessários para evitar a contaminação pelo mosquito. O agente informa que é justamente em caixas da água onde as equipes têm encontrado com frequência diversos focos do Aedes aegypti e ressalta que é necessário alguns minutos ao dia para assegurar que não existe foco do mosquito nas dependências. “Nós pedimos que a população, em geral cuide dos materiais que possam acumular água dentro de suas residências e espaço. A população precisa tomar os devidos cuidados. Uma vez por semana, por pelo menos 10 ou 15 minutos, é o necessário, para averiguar as condições do pátio, e se for o caso, identificar ontem pode ter larvas e fazer a eliminação das mesmas. É importante reforçar o cuidado também nas caixas d’água”, destacou.

A médica veterinária da Vigilância Ambiental, Analiz Zattera, explica sobre os cuidados que a população deve tomar. Segundo ela, o trabalho mais importante e eficaz é a diminuição dos depósitos que acumulam água no ambiente. “Depois que uma região se torna infestada dificilmente será possível erradicar o mosquito, porém devemos diminuir os locais de proliferação para que assim ocorra a diminuição da população destes insetos. A população deve se proteger com repelentes de corpo, repelentes de tomada e inseticidas domisanitarios que podem ser encontrados em supermercados”, ressaltou.

Os agentes sanitários realizam também a pulverização química, que normalmente é feita em dois momentos, quando ocorre casos positivos de Aedes em pontos estratégicos, onde a vigilância tem o controle, ou quando é realizado o chamado fumacê, com a aplicação em locais onde tem pessoas doentes, com dengue, zika ou chikungunia. É um bloqueio vetorial, não sendo aplicado comumente nas ruas.

Locais como terrenos baldios sujos ou depósitos de lixo em vias públicas devem ser denunciados pelo telefone: 0800-9796-866.

Sobre o mosquito
O Aedes aegypti tem em média, menos de 1 centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. Com hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer, o inseto (apenas a fêmea) se alimenta basicamente de sangue humano. A reprodução acontece em água parada (limpa ou suja), onde os ovos são depositados.

Os principais sintomas da dengue são:
Febre alta (maior que 38.5°C) de início abrupto e que dura entre 2 e 7 dias
Dores musculares intensas
Dor ao movimentar os olhos
Mal-estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo

Ao apresentar os sintomas, é muito importante procurar a Unidade de saúde mais próxima, para diagnóstico e tratamento adequados.

Imagem: Rodrigo De Marco/Divulgação
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