Caxias do Sul

Banco de materiais de construção de Caxias do Sul precisa de doações

Telhas de brasilit, forros de PVC, madeiras e portas, por exemplo, beneficiam famílias em vulnerabilidade social e entidades assistenciais

Banco de materiais de construção de Caxias do Sul precisa de doações
Foto: SMH/Banco de Dados

Criado há quase um ano e meio, o Banco de Materiais de Caxias do Sul (BMCS), pertencente à Secretaria Municipal da Habitação (SMH), tem como missão coletar, armazenar e distribuir itens de construção civil para a população em vulnerabilidade social. No entanto, a demanda, atualmente, é superior às doações, segundo o coordenador do BMCS, Juarés Paim da Silva. O banco trabalha com materiais de construção cedidos de sobras de obras ou reaproveitamento de construções desmanchadas que estejam em bom estado.

Uma das alternativas para obter os itens necessários são eventuais parcerias com lojas de materiais, onde o banco obtém mostruários antigos. O BMCS também conta com casuais contatos de cidadãos que têm artigos de construção guardados que não usam. “Recentemente um idoso nos chamou para repassar azulejos antigos, verdadeiras relíquias, que ele mantinha pois acreditava que algum dia iria utilizar e agora decidiu se desfazer”, conta Juarés Paim da Silva.

Ele lembra que as pessoas que tiverem material para doar podem fazer contato pelo whatsapp (54) 99611-3881. “Nós buscamos. Somente algumas vezes pedimos fotos para nos certificar do estado do material e se ele realmente pode ser reutilizado”, explica.

Entre o arrecadado estão itens como telhas de brasilit, forros de PVC, madeiras, portas, janelas, vasos sanitários e azulejos. O material é encaminhado para atender demandas de entidades assistenciais ou de famílias. Nesse segundo caso, os solicitantes devem fazer contato com a diretoria de Serviço Social da SMH.

Despertar

Nos direcionamentos dos materiais, o coordenador do BMCS muitas vezes tem se deparado com outra dificuldade de quem recebe os itens, que é a instalação. Por isso, e para ter uma atuação mais ampla que só de “depósito”, o departamento tem buscado também parceiros para o projeto de oficinas Despertar.

A ideia é capacitar jovens em atividades de pintura e hidráulica, por exemplo, no contraturno da escola. Assim, além de adquirirem conhecimento prático e útil, podem vir a encontrar uma área para se voltarem profissionalmente no futuro. Uma experiência nesse sentido realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Presidente Tancredo de Almeida Neves foi muito positiva. “Os alunos adoraram e se envolveram muito”, falou Silva.

Foto: SMH/Banco de Dados